O anúncio da aliança entre MDB e Progressistas nestas eleições em Joinville, confirmado em primeira mão pelo ND Mais na última segunda-feira (12), traz consigo o peso de uma rivalidade histórica entre os dois partidos no Estado que já dura mais de 40 anos. anos . Desde a década de 1980, as partes tiveram confrontos diretos em quase todas as disputas.
A primeira vez que os partidos disputaram o voto direto foi em 1982, quando Esperidião Amin, filiado ao então PDS, venceu a eleição contra Jaison Barreto, do MDB. Na eleição seguinte, em 1986, quem venceu foi o MDB, com Pedro Ivo Campos, mas nessa altura o PDS só alcançou o terceiro lugar, com Amilcar Gazaniga.
Em 1990, Paulo Afonso (MDB) foi derrotado por Vilson Kleinübing (PFL), tendo Konder Reis como vice-presidente do PDS. Quatro anos depois, foi Afonso quem venceu a disputa contra Angela Amin, mulher de Esperidião, pelo PPR.
Em 1998, Esperidião Amin voltou a disputar as eleições estaduais, no hoje PPB, e venceu Paulo Afonso. Em 2002, surgiu a figura de Luiz Henrique da Silveira, então prefeito de Joinville, vencendo uma eleição considerada “impossível”, derrotando o então governador Amin por uma diferença de apenas 20.724 votos.
Na eleição seguinte, Luiz Henrique da Silveira é reeleito governador, ampliando a margem contra Amin e consolidando uma das rivalidades mais marcantes da história política de Santa Catarina. Desta vez, a vantagem do LHS foi de 173.268 votos.
Em 2010, a vitória do MDB contra o PP se deu através da nomeação de Eduardo Pinho Moreira como deputado de Raimundo Colombo, do extinto DEM. Colombo venceu Angela Amin, sendo eleito no primeiro turno com quase 1 milhão de votos de vantagem. Esta foi a última vez que as partes enfrentaram um confronto direto no Estado.
Em 2014, Colombo foi reeleito ao lado de Pinho Moreira contra Paulo Bauer, do PSDB, que tinha Joares Ponticelli como vice-presidente do PP. Em 2018, o PP não lançou candidato próprio nem foi vice-presidente de nenhum candidato, enquanto em 2022 os partidos também não concorreram diretamente.
Viúva de Luiz Henrique, senadora Ivete da Silveira vê aliança como “algo positivo”
Para a senadora Ivete da Silveira, viúva de Luiz Henrique, as primeiras notícias sobre a possibilidade de uma aliança entre MDB e Progressistas a pegaram de surpresa, devido ao histórico de rivalidade entre os partidos.
Segundo Ivete, ao conversar com o presidente do MDB em Joinville, deputado Fernando Krelling, ela passou a ver a aliança como “algo positivo, pois ambos os partidos querem o melhor para Joinville”.
“Hoje vejo que é uma ótima opção. Ambas as partes têm experiência em gestão municipal”, disse Ivete da Silveira ao Grupo ND.
Segundo o presidente estadual do Progressistas, Leodegar Tiscoski, a união inédita com o MDB foi uma construção que surgiu dentro dos partidos de Joinville e depois foi discutida nos executivos estaduais.
Ainda segundo Ticoski, a aliança entre MDB e Progressistas surge da necessidade de um “reposicionamento” dos partidos diante do atual cenário político.
“É nesse sentido que estamos raciocinando. Em Joinville o que está acontecendo é emblemático para todos nós”, afirma o presidente do Progressistas.
A reportagem do portal ND Mais também entrou em contato com a assessoria do senador Esperidião Amin para comentar a aliança entre MDB e Progressistas. Até a publicação deste relatório, porém, não houve resposta.
Quem são os candidatos na aliança entre MDB e Progressistas
Para selar a aliança entre os dois partidos, os escolhidos foram Luiz Claudio Gubert (MDB) e Anelísio Machado (Progressistas), nas candidaturas a prefeito e vice, respectivamente. O prazo para inscrição de candidaturas no TSE terminou em 15 de agosto.
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