O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encaminhou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que limitam as competências do Supremo Tribunal Federal (STF). O registro ocorreu após a Corte formar maioria no plenário para manter a decisão do ministro Flávio Dino de suspender emendas parlamentares ao Orçamento.
Segundo a assessoria de Lira, ele assinou o despacho na quarta-feira, 14, mas só nesta sexta-feira, 16, é que ele foi registrado no sistema da Câmara. Naquele dia, Dino havia assinado uma decisão suspendendo as chamadas emendas impositivas.
Uma das PECs, de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e que já foi aprovada no Senado, limita as decisões monocráticas dos ministros do STF. A proposta foi aprovada no ano passado no Senado. Estava na mesa de Lira desde dezembro.
A PEC proíbe decisões monocráticas de ministros que suspendam a eficácia de leis e atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara, exceto durante o recesso do Judiciário em casos de grave urgência ou perigo de danos irreparáveis. Nestes casos, as decisões deverão ser proferidas pelo colegiado no prazo de 30 dias após o término do recesso.
A outra proposta, apresentada pelo deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), permite ao Legislativo suspender decisões do Tribunal por votação de dois terços da Câmara e do Senado, “pelo prazo de dois anos, prorrogável uma vez por igual período”. .
A PEC define ainda que os relatores de processos em tribunais superiores deverão submeter imediatamente à decisão colegiada as medidas cautelares “de natureza civil ou penal necessárias à proteção de direito suscetível de dano grave de reparação incerta”. O texto foi apresentado em julho deste ano e também aguardava despacho do presidente da Câmara.
Medida provisória
Com as alterações do Pix bloqueadas pela decisão de Dino, a primeira reação do Congresso veio na última quarta-feira. A Comissão Mista de Orçamento rejeitou medida provisória (MP) que previa recuperação orçamentária de R$ 1,3 bilhão para o Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Lira já havia demonstrado publicamente desconforto com as decisões de Dino. “Não se pode mudar isso, com todo o respeito, num ato monocrata, quaisquer que sejam os argumentos e razões, por mais razoáveis que pareçam”, afirmou na terça-feira passada, durante jantar nas Santas Casas, ao defender a autonomia do Congresso para enviar alterações.
Deputados e senadores ainda previram nesta semana a votação de mudanças nas chamadas emendas do Pix para dar mais transparência nas transferências. A análise ocorreria na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas o item foi retirado da pauta após nova decisão de Dino. Em vez disso, foi rejeitada a medida provisória que aumenta o financiamento do Poder Judiciário.
Até então, o ministro havia apenas suspendido a operação das emendas Pix, que fazem parte das emendas individuais. A nova decisão, porém, afeta todas as emendas individuais e também as emendas das bancadas estaduais. Dino já havia pedido mais transparência nas alterações da comissão, que não são vinculativas.
A ideia do Congresso é delimitar o objeto das alterações do Pix, ou seja, esclarecer para que finalidade o dinheiro está sendo utilizado (para qual obra específica ou política pública). Hoje, não está claro como as prefeituras estão utilizando os recursos, embora seja possível identificar o nome do deputado que enviou a emenda.
Veja também
Eleições Recife 2024
Eleições Recife 2024: Daniel Coelho diz que vai recuperar Mercado Público de Várzea
Petrobrás
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, é preso em Volta Redonda
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas