(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem desagradado ao país e ao setor produtivo brasileiro com a condução da política monetária, ao mesmo tempo que discordou quando questionado se nomeará o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para comandar a autoridade monetária a partir do próximo ano.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula voltou a afirmar que não há explicação para o patamar atual da taxa Selic, de 10,50% ao ano, e disse que quem ele indicar para comandar o BC terá que ter “compromisso com o povo brasileiro” e que “não deverá nenhum favor ao Presidente da República”.
“Não sei se é Galípolo, o que sei é que tenho o direito de indicar agora o presidente do Banco Central e mais alguns diretores”, disse Lula ao ser questionado se Galípolo será escolhido para suceder Campos Neto.
“Antes de indicar, quero conversar com o presidente do Senado, quero conversar com o presidente da comissão para que as pessoas, quando indicadas, sejam votadas rapidamente para não sofrerem o desgaste da especulação política durante meses e meses.”
Galípolo, que antes de ir para o BC foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda na gestão do atual titular da pasta, Fernando Haddad, foi apontado como favorito para ser indicado para substituir Campos Neto, cujo mandato termina no final deste ano.
“A pessoa que vou indicar, antes de mais nada, deve ter muito caráter, muita seriedade, muita responsabilidade. A pessoa que eu nomear não deve favor ao Presidente da República. pessoa comprometida com o povo brasileiro. Quando tiver que reduzir a taxa de juros, terá que ter coragem de dizer que vai reduzir. Quando precisar aumentar, terá que ter a mesma coragem e dizer que vai. aumentar”, disse Lula na entrevista.
O presidente voltou a criticar Campos Neto, embora tenha afirmado que não tem nenhum assunto “pessoal” com o presidente do BC e nem ficou pessoalmente descontente com suas decisões à frente da autoridade.
“(Campos Neto) não me desagradou, o problema não é pessoal. Ele não me desagradou, desagradou o país, desagradou o setor produtivo daquele país”, afirmou.
“Não há explicação para isso (nível atual da Selic)… É importante lembrar que o Banco Central tem uma dívida com o povo brasileiro. Ele tem que fazer as coisas pensando no povo brasileiro.”
(Por Lisandra Paraguassu, em Brasília)
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