Criadas em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por meio de uma emenda constitucional, as atuais emendas do Pix ganharam destaque no cenário político brasileiro e geraram conflito entre os poderes.
Diferentemente das tradicionais, essas emendas individuais permitem transferências diretas dos deputados para os municípios sem definição específica de uso do dinheiro.
As emendas parlamentares são instrumentos por meio dos quais deputados e senadores podem direcionar recursos do orçamento público para projetos e ações.
Como resultado, eles seguem um processo de processamento e inspeção mais rigoroso. Porém, as alterações do Pix são marcadas por um processo mais rápido e, muitas vezes, sem a devida transparência, pois não é necessário esclarecer para onde vai o valor no final, ou seja, sem especificar o destino do dinheiro.
Desde o governo Jair Bolsonaro, houve um aumento significativo na participação dos parlamentares em investimentos por meio de emendas.
A justificativa para assumir a responsabilidade é que os representantes eleitos conhecem melhor as realidades locais do que a burocracia brasiliense. O governo federal tenta reverter a situação e reclama da falta de planejamento para o desenvolvimento de políticas públicas nacionais.
Em 2024, restaram R$ 49 bilhões nas mãos do Congresso em emendas. Foram reservados R$ 25 bilhões para alterações individuais, valor que inclui R$ 8,2 bilhões em alterações do Pix; R$ 8,5 bilhões em emendas de bancada; e R$ 15,5 bilhões em alterações de comissão. Foram esses gastos que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a intervir.
No dia 1º deste mês, o ministro Flávio Dino, do STD, deu ao Executivo e ao Legislativo um prazo de 30 dias para darem total transparência às emendas pagas desde 2020, inclusive as por comissão. Dino também cobrou critérios mais rígidos para liberação das alterações do Pix. Depois, o ministro acatou parcialmente um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender o pagamento. A decisão de Dino foi dada em uma ação do PSOL que questiona quatro emendas constitucionais que tornaram obrigatória a execução de emendas individuais e de bancada.
Nesta quarta, o ministro suspendeu a distribuição de todas as emendas obrigatórias aos deputados e senadores. Os valores das bancadas também estão bloqueados. A medida será válida até a criação de regras de transparência para o esporte. As alterações obrigatórias são aquelas que são obrigatórias, ou seja, que a União é obrigada a pagar sem negociar como moeda de troca. Eles são divididos em três:
Emendas individuais de transferência especial, as chamadas “emendas do Pix”: Cada parlamentar tem um valor para indicar individualmente no Orçamento. O valor total dessa modalidade em 2024 é de R$ 25 bilhões.
Emendas individuais de transferência com finalidade definida: Nessa modalidade, os parlamentares também indicam como os recursos deverão ser aplicados, mas com finalidade específica já determinada.
Emendas de bancada estadual: a indicação de como serão aplicadas cabe aos deputados e senadores do mesmo estado. Este ano, o valor é de R$ 11,3 bilhões para essas alterações.
Ao justificar a decisão, Dino afirmou que imposição não pode ser confundida com “arbitrariedade”. O ministro destacou que a distribuição sem transparência tira prerrogativa do Poder Executivo e dá poder ao Congresso como “coordenador de despesas”.
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