No contexto da nova política industrial do país, em vigor desde janeiro, o governo federal e empresas do complexo econômico-industrial da saúde anunciaram investimentos conjuntos no valor de R$ 57,4 bilhões. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (14).
“O governo cuida da indústria, do povo, do país, da soberania desse país. Este país tem tudo para ser grande. Tenham certeza que o SUS continuará melhorando e poderemos ter orgulho de dizer que somos brasileiros e nunca desistiremos”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia.
Além disso, foram definidas novas metas para o setor, aprovadas em reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), reativado no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A principal delas é o aumento da produção nacional na área de medicamentos e produtos de saúde com vista à redução da dependência das importações, que poderá atingir 70% das necessidades do país em nove anos, segundo o vice-presidente e ministro da Saúde. Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
“Hoje foi apresentada a Missão 2 da Nova Indústria Brasil, que [envolve] o complexo industrial da saúde. Na reunião da CNDI, mais cedo, as metas foram aprovadas. Então começamos com um número básico [atual] 45% da produção no país de produtos do complexo de saúde. A meta, até 2026, é chegar a 50%. E então, em 2033, em 70% [de produção nacional]“, detalhou Alckmin.
Chefe do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Luciana Santos destacou a importância da expansão da produção nacional na área da saúde como estratégia para a soberania nacional.
“Sentimos em primeira mão o quanto a dependência significava [internacional]principalmente em [pandemia de] covid. Mesmo com a nossa força na produção de vacinas, tivemos que importar muito por causa da escala para atender a população”, explicou.
Investimentos
Em relação aos investimentos, o setor saúde conta com financiamento público de R$ 16,4 bilhões, segundo o governo. São R$ 8,9 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento da Saúde (PAC), R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 3,5 bilhões da Agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão federal vinculado ao MCTI . Esses valores já incluem os contratos assinados durante o encontro.
A esse volume somam-se R$ 39,5 bilhões em investimentos privados de empresas do setor, que incluem empresas dos setores médico e farmacêutico.
Desse total, R$ 33,5 bilhões são aportes do Grupo FarmaBrasil, Interfarma e Sindusfarma, previstos entre 2024 e 2026, que financiarão novas plantas industriais e expansão da fabricação de insumos nacionais.
Outros R$ 6 bilhões serão destinados ao Complexo Industrial de Biotecnologia da Saúde (CIBS/Santa Cruz e Fiocruz) para ampliar a oferta de vacinas e biofármacos. A produção estimada é de 120 milhões de frascos por ano – para atender prioritariamente a demanda da população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O setor saúde representa cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que reflete o tamanho da economia brasileira, destacou o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.
“É um setor fundamental que gera muita inovação tecnológica, além de ter papel decisivo na sobrevivência e qualidade de vida da população”, afirmou. Mercadante defendeu a expansão do setor saúde, que hoje responde por 2% da indústria de transformação.
“É pouco, tem que ser mais. Temos um déficit comercial de US$ 14,6 bilhões. Importamos US$ 17,1 bilhões e exportamos apenas US$ 2,5 bilhões. Ou seja, se fortalecermos esse setor, o povo economiza moeda, criar empregos, gerar mais competitividade e começar a exportar”, observou.
Um dos impulsos para novos investimentos deverá ser a reforma tributária, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante o encontro.
“Outra dimensão muito importante da reforma tributária, que ainda vai ao Senado, como sabemos, é estabelecer desoneração de 100% nas compras públicas, na área de saúde, e redução de 60% na alíquota básica na área de saúde. medicamentos”, afirmou.
Avanço da indústria
Presidente executivo do Grupo FarmaBrasil, que representa o setor de medicamentos, Reginaldo Arcuri afirmou que as políticas industriais dos governos anteriores de Lula fizeram com que seis das 10 maiores empresas farmacêuticas do país se nacionalizassem nos últimos 20 anos.
“Em todas estas políticas, o sector da saúde e especificamente a produção de medicamentos destacaram-se como sectores estratégicos e importadores do futuro”, afirmou. Ele destacou que o Grupo FarmaBrasil investirá cerca de R$ 20 bilhões em novas fábricas, ampliações, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos.
Arcuri também defendeu a segurança jurídica e a previsibilidade nas políticas públicas, já que o setor de medicamentos depende de longos processos de desenvolvimento.
“Para isso, precisamos atualizar as normas da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cemed). Outro fator, já citado, é resolver com urgência os problemas enfrentados pela Anvisa na execução de suas ações. nível da agência na análise da segurança e eficácia dos medicamentos”, observou.
Nova Indústria Brasil
Ainda durante o evento de hoje, em Brasília, o governo anunciou um aumento extra de R$ 42,7 bilhões para o Plano Mais Produção (P+P), coordenado pelo BNDES e que financia a política industrial.
Com isso, o valor total passa para R$ 342,7 bilhões, com recursos do BNDES, da Finep e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), além do reforço nas linhas de crédito do Banco do Nordeste (BNB), com R$ 16,7 bilhões, e do Banco da Amazônia (Basa), com outros R$ 14,4 bilhões.
A Nova Indústria Brasil (NIB), como foi chamada a política do governo, prevê a utilização de recursos públicos para atrair investimentos privados. Entre as medidas destacam-se a criação de linhas de crédito especiais, subsídios e ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras públicas e compras, com incentivos ao conteúdo local para estimular o setor produtivo em prol do desenvolvimento do país. .
As políticas públicas foram divididas em missões, que, na verdade, representam setores estratégicos específicos. A Missão 1 é a agroindústria, a Missão 2 é o complexo industrial da saúde, a Missão 3 abrange o setor de infraestrutura, a Missão 4 envolve a transformação digital, a Missão 5 representa o segmento de transição ecológica e a Missão 6, a defesa.
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