As primeiras delegações paralímpicas do Brasil a chegarem à França para disputar as Paraolimpíadas de Paris começaram nesta quarta-feira (14) os treinos para o período de aclimatação em solo europeu, que antecede os Jogos.
As equipes de tênis de mesa, vôlei sentado e remo, que embarcaram nesta segunda-feira (12), ficam na cidade de Troyes, a 178 quilômetros da sede do megaevento.
Juntas, as três delegações, incluindo as comissões técnicas, totalizam 72 pessoas, sendo 46 atletas com deficiência e um timoneiro (remo). A entrada na Vila Paralímpica, onde os competidores ficarão hospedados durante os Jogos, está marcada para o dia 21.
O Brasil terá 279 competidores em Paris, sendo a maior seleção nacional em edição fora do país, superando os 259 convocados para as Paraolimpíadas de Tóquio, no Japão, que seriam em 2020, mas foram realizadas em 2021 devido à pandemia.
“Estou muito feliz por estar aqui, por podermos ter esse tempo de aclimatação, que é muito importante para nos acostumarmos com a diferença de fuso horário [cinco horas à frente do horário de Brasília] e o clima diferente. As mesas de treinamento são as mesmas onde jogaremos [em Paris]. Claro que sentimos a diferença, mas é normal. Então é importante entendermos a mesa e o meio ambiente”, destacou, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Sophia Kelmer, mesatenista classe 8 do Rio de Janeiro, para atletas com deficiência físico-motora. deficiências.
Bruna Alexandre já esteve em Troyes há quatro dias e agora se juntou aos treinos com os demais atletas da seleção de tênis de mesa. O catarinense, que compete na classe 10, para jogadores com grau de deficiência motora menos grave, tornou-se o primeiro brasileiro a participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, ao disputar as Olimpíadas de Paris.
“A Vila [Olímpica, agora Paralímpica] é muito legal. A academia também. Acredito que [a experiência] isso vai me ajudar muito. Pude jogar na mesa principal [no confronto entre Brasil e Coreia do Sul, na disputa por equipes femininas]treinar na mesa dos Jogos e enfrentar atletas olímpicos, o que pode fazer a diferença [no resultado na Paralimpíada]“, afirmou Bruna, também ao CPB.
Na terça-feira (13), foi a vez da equipe de tiro com arco viajar para a Europa. Antes de irem para Paris, os cinco integrantes da equipe ficarão em Roveredo di Guà, município da região de Veneto, província de Verona, na Itália.
Nesta quarta-feira embarcam competidores brasileiros de ciclismo e goalball. Ainda nesta semana, quinta-feira (15), representantes da natação, parabadminton e parataekwondo viajarão para o Velho Continente.
Na sexta-feira (16), viaja a delegação do atletismo, a maior, com 70 atletas e 16 atletas-guia.
Participação brasileira
O Brasil estará presente em 20 das 22 modalidades que disputam as Paraolimpíadas. Três deles não se aclimatarão na Europa. A equipe de bocha, modalidade praticada por atletas com alto grau de comprometimento motor por paralisia cerebral ou lesões medulares, realiza suas últimas atividades no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Eles viajam diretamente para Paris no dia 20.
A equipe de tiro está reunida desde segunda-feira no Rio de Janeiro e parte para a capital francesa após o treino, que termina no dia 24. Os atletas de levantamento de peso, que viajam no dia 20, juntamente com os competidores de bocha, não terão encontro prévio antes de seguirem para França.
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