A menos de seis meses das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a base governista não trabalha o tema com prioridade. Pelo menos foi o que declarou o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), ao portal NDMaisdurante visita ao estado de Santa Catarina.
A viagem aconteceu na última sexta-feira (9) para acompanhar o presidente Luís Inácio Lula da Silva e comitiva federal, na inauguração do Contorno Rodoviário da Grande Florianópolis.
Renan Filho (MDB) foi eleito senador para o estado de Alagoas, com 845.988 votos. Foi governador do estado por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022. Em 2010, foi deputado federal e, em 2004, prefeito de Murici (AL), sua cidade natal.
Renan Filho faz mistério sobre a presidência do Senado
A reportagem perguntou ao ministro se ele teria disponibilidade para ocupar uma cadeira no Senado e concorrer à presidência da Câmara. “Estou no ministério do presidente Lula agora, não estou focado na eleição para o Senado”, respondeu.
O ministro declarou que o assunto deverá ser tratado pelo presidente Lula somente após as eleições municipais. “Acho que o governo vai discutir, oportunamente, depois das eleições autárquicas, esta questão das tabelas”, disse.
Nos bastidores, Davi Alcolumbre (União Brasil) é considerado o principal nome na disputa pelo cargo —função que ocupou entre 2019 e 2021. Alcolumbre é o atual presidente do CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania). No mesmo período, Rodrigo Maia (PSDB/RJ) foi presidente da Câmara dos Deputados, que compõe o Congresso Nacional.
‘MDB é um partido fundamental’, diz ministro
O executivo já declarou que não pretende interferir ou incentivar candidatos na disputa pela presidência do Congresso. Porém, os nomes apresentados, até o momento, não fazem parte da base governamental —o que poderia prejudicar o avanço de agendas importantes do presidente Lula.
“Acho que há uma forma de chegarmos a um entendimento para podermos garantir ao país que ele continua crescendo, gerando empregos, batendo recordes na balança comercial”, disse ao repórter. Para o ministro dos Transportes, “o MDB é peça fundamental nessa construção”.
Além de Alcolumbre, Soraya Thronicke (Podemos/MS) e Rogério Marinho (PL/RN) estão entre os prováveis candidatos. Thronicke foi o único que falou publicamente sobre o assunto. Neste cenário, para Renan Filho, a representação do MDB pode ser crucial.
“O MDB tem conversado muito lá [no Senado] e acho que chegaremos a um entendimento. O MDB é um partido muito tradicional também, no Senado Federal”, acredita. O partido ainda não apresentou candidato, mas o pai de Renan Filho, o senador Renan Calheiros (MDB/AL), poderá ser o representante do partido.
MDB tem tradição na presidência do Senado
Desde a redemocratização em 1988, o Senado Federal teve 24 presidentes. Destes, 17 eram filiados ao MDB, o que faz do partido o partido que mais esteve à frente do Congresso Nacional.
O mandato do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) termina em 1º de fevereiro de 2025. Tradicionalmente, as eleições acontecem no primeiro dia de trabalho, mas como a data cai em um sábado, devem ocorrer na segunda-feira seguinte. , no dia 3 de fevereiro.
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