Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A desenvolvedora global de energia eólica offshore Corio Generation e a Estaleiros do Brasil (EBR) assinaram um acordo para estudar a adequação das instalações portuárias no Rio Grande do Sul para apoiar a implementação de dois parques eólicos offshore planejados, totalizando cerca de 2.400 megawatts. , disseram executivos de ambas as empresas à Reuters.
A partir de um memorando de entendimento, as empresas pretendem analisar como a infraestrutura da EBR – construtora de plataformas flutuantes de produção de petróleo e gás – na cidade de São José do Norte, próxima ao Porto de Rio Grande, pode servir de apoio à futura construção e manutenção dos parques previstos.
“Um projeto como esse não tem viabilidade se não tiver um porto ou um estaleiro próximo à operação”, disse o presidente da Corio no Brasil, Ricardo de Luca.
“A zona onde está localizado o EBR é muito próxima dos nossos projectos, pelo que facilitaria muito as instalações e a manutenção”, acrescentou, salientando que a manutenção de parques como estes deverá exigir contratos de 20 anos.
Ambos os projetos poderão exigir investimentos de 5 bilhões a 6 bilhões de dólares caso sejam realmente implementados, segundo Luca, considerando cálculos internacionais que projetam investimentos de 2 bilhões a 2,5 bilhões de dólares para cada 1 GW de energia eólica offshore.
Esses dois parques Corio planejados para o Sul, chamados Cassino Offshore Wind (1.200 MW+) e Rio Grande Offshore Wind (1.170 MW+), fazem parte dos planos da empresa para o Brasil.
No total, a Corio – do fundo australiano Macquarie – planeja cinco parques eólicos offshore no país, totalizando até 6 GW, que fazem parte do seu portfólio de projetos nas Américas, Ásia-Pacífico e Europa. Quatro desses projetos, totalizando aproximadamente 4,8 GW, estão nas costas Sul e Sudeste do Brasil.
A expectativa, segundo Luca, é que um projeto de lei que visa regulamentar o setor eólico offshore no Brasil seja aprovado em breve, permitindo a realização de um leilão de áreas no próximo ano.
Luca destacou que, uma vez leiloadas as áreas, os projetos deverão exigir cerca de quatro anos de estudos de viabilidade e depois mais quatro anos para implementação. Portanto, os projetos só entrariam em operação a partir de 2030.
A iniciativa surge depois que a empresa assinou em março acordo com a Prumo (BVMF:) também para desenvolver parques eólicos offshore a partir do Porto do Açu (RJ).
Os executivos destacaram que o Brasil tem enorme potencial para exploração de energia eólica offshore e já conta com um total de quase 100 projetos, totalizando cerca de 230 GW de potência, com pedido de licenciamento ambiental do Ibama, mas todos ainda em fase inicial. de desenvolvimento.
A tecnologia chama a atenção de grandes empresas, desde petrolíferas até geradoras de energia elétrica, que apontam a falta de um marco regulatório para o segmento como o principal impedimento para a saída dos projetos. A proposta que tramita no Congresso recebeu recentemente a inclusão de uma série de emendas “jabutis” no texto que acabaram dificultando sua aprovação.
DIVERSIFICAÇÃO DO ESTALEIRO
O presidente da EBR, o japonês Wataru Nosaka, destacou à Reuters que o acordo é um passo importante para a empresa, que lhe permitirá diversificar e descarbonizar o seu portfólio.
Segundo o executivo, o estaleiro possui uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com amplas instalações e infraestrutura própria para construção de plataformas. A ideia é que a experiência no setor de petróleo e gás possa ser replicada em parques eólicos offshore.
O diretor comercial da EBR, Luiz Felipe Camargo, acrescentou que a empresa não pretende sair do setor de petróleo: “A ideia é que comecemos com essa transição, trabalhando nas duas frentes, tanto para plataformas de petróleo, mas monitorando e dando suporte para essa nova indústria eólica”.
Atualmente, o estaleiro utiliza apenas 40% a 45% de sua área para seus projetos offshore, disse Camargo, ressaltando que poderá desenvolver as áreas restantes, mas que tudo dependerá de como evoluirá a obra e qual será a demanda. ser como um todo para o estaleiro.
O estaleiro EBR, que registou picos de actividade com cerca de 4.500 trabalhadores em anos anteriores, conta hoje com cerca de 3.500 colaboradores em diversos projectos, ainda com actividade elevada, explicou Camargo.
(Por Marta Nogueira)
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