Em negociações secretas, os Estados Unidos discutiram uma anistia para o ditador venezuelano Nicolás Maduro em troca da transição de poder em Caracas.
A informação foi confirmada ao Wall Street Journal por pessoas familiarizadas com as conversas, que representam esperança para a oposição, embora o chavista descarte acordos.
Uma dessas pessoas disse ao WSJ que a Casa Branca colocou tudo em cima da mesa para convencer Maduro a deixar o governo antes da sua tomada de posse, marcada para janeiro.
Entre as opções discutidas estão indultos a ele e aos seus principais aliados, bem como garantias do governo americano de não solicitar a extradição destes líderes do regime.
O Departamento de Justiça dos EUA acusa Nicolás Maduro e outras 14 pessoas ligadas a ele de tráfico de drogas, narcoterrorismo, entre outros crimes e ofereceu uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem a prisões.
Ainda segundo o Wall Street Journal, a oferta de anistia foi apresentada pelo lado americano em negociações que ocorreram secretamente no Qatar no ano passado e que levaram à troca de prisioneiros entre a Venezuela e os Estados Unidos.
Nicolás Maduro, no entanto, recusou-se a discutir acordos que o forçassem a deixar o poder, uma posição que não mudou.
Na sexta (9), o ditador venezuelano descartou negociações com a oposição e disse que María Corina Machado, a quem ameaça prender, deveria chegar a um acordo com a Justiça, alinhada ao chavismo.
Anteriormente, a AFP tinha noticiado que o líder da oposição estava disposto a negociar a transição, oferecendo salvo-conduto para Nicolás Maduro deixar o poder.
A oposição também ofereceu garantias aos militares ao pedir o fim da repressão aos protestos. A resposta das Forças Armadas, porém, foi reafirmar a lealdade ao regime, que entregou o controle de setores estratégicos na Venezuela aos uniformizados em troca de apoio.
A oposição afirma que Edmundo González Urritia venceu as eleições com 67% dos votos e publicou cópias das atas que comprovariam a fraude eleitoral do chavismo. Desafiou Nicolás Maduro com o apoio de María Corina Machado, que foi impedida de concorrer.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou a reconhecer González como presidente eleito da Venezuela. Posteriormente, seu porta-voz, Matthew Miller, explicou que a posição norte-americana é pedir transparência nos resultados e defender a transição pacífica de poder na Venezuela.
A estratégia americana parece centrar-se em incentivos para que Nicolás Maduro deixe o poder e não em punições, como sanções.
Antes das eleições, os EUA até flexibilizaram os embargos econômicos após o chavismo e o posicionamento comprometido com as eleições, mas acabaram recuando depois que o regime desqualificou os adversários.
A cinco meses da posse na Venezuela, a posição norte-americana poderá mudar se Donald Trump regressar à Casa Branca.
Quando presidente, intensificou as sanções após a reeleição de Nicolás Maduro, nas eleições de 2018, também contestado, e reconheceu o então presidente da Assembleia Nacional Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente.
Veja também
acidente de avião
Cenipa encerrará investigações no local de acidente aéreo nesta segunda-feira (12)
Conflito
Hamas exige implementação do plano de cessar-fogo dos EUA em Gaza e critica negociações
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas