Na história mais recente não foram registrados acidentes com mortes, mas sim pousos forçados com sobreviventes
A queda da aeronave de médio porte que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, deixando 62 mortos, entre passageiros e tripulantes, trouxe à tona o histórico de outros acidentes aéreos ocorridos no país. Em Campo Grande, o caso mais recente envolvendo voos comerciais ocorreu em 2002.
É importante destacar que vários outros acidentes aéreos foram registrados na Capital e no Mato Grosso do Sul ao longo dos anos, mas a maioria envolvendo aviões de pequeno porte, sendo um dos mais emblemáticos a queda do avião táxi aéreo que transportava os apresentadores Luciano Huck e Angélica, em 2015.
Com voos comerciais, porém, há poucos casos registrados.
Segundo notícias da época, no dia 30 de agosto de 2002, a aeronave Fokker 100 da Tam (atual Latam), voo 3804, que saía de Guarulhos (SP) com destino a Campo Grande, apresentou problema durante o voo. Vinte e quatro passageiros estavam a bordo.
O avião sai de Guarulhos às 9h48 e, por falta de combustível, às 10h45, o piloto faz um pouso forçado em um pasto na região de Birigui, no interior de São Paulo. Quatro passageiros ficaram levemente feridos, com escoriações, mas todos sobreviveram.
Em entrevista ao Correio do Estado da época, um dos passageiros, Dejanir Vieira, afirmou que teve sorte, enquanto as pessoas de outro avião, que caiu um dia depois no Acre, não.
“Faltavam 40 minutos para o pouso. Primeiro o capitão anunciou que havia um problema de teto em Campo Grande, depois disse que havia um defeito técnico e que precisaríamos pousar em Araçatuba. a aeronave para conversar com a tripulação, mas abriu um porta-malas e voltou para a cabine”, disse ele, em entrevista em 1º de setembro de 2002.
“Só percebemos que algo estava errado quando o avião perdeu altitude rapidamente. Olhei para o lado e vi que estávamos em uma área rural. Ao meu lado, eu estava sentado no segundo assento, na frente, não estava funcionando. Foi só a hora do comissário avisar que o avião havia quebrado e pedir para abaixarmos a cabeça”, ele. disse.
Dejanir afirma que, apesar de ter sido classificado como pouso forçado, o que aconteceu foi uma queda.
Segundo ele, assim que tocou o solo o avião perdeu o trem de pouso e, após se estabilizar, os passageiros foram informados que não haveria explosão e todos deixaram a aeronave de forma organizada. “Só lá fora é que começou o desespero, gente chorando”, lembrou.
Vinhedo
Nesta sexta-feira (9), a aeronave de médio porte com 62 passageiros, que viajava de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo), caiu, segundo a corporação, no número 2.500 da Rua Edueta. Não houve sobreviventes.
Segundo a Defesa Civil do Estado, a aeronave atingiu casas ao cair. As autoridades ainda não falam sobre o número de vítimas. Segundo informações iniciais, 62 pessoas estariam a bordo da aeronave.
Nas redes sociais, usuários publicaram vídeos registrando o momento do acidente, com o avião já em queda vertical. Durante as filmagens da queda, as pessoas lamentaram o acidente.
Em outros registros, as pessoas observam a fumaça subindo de onde o avião teria caído.
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