Israel lançou, nesta sexta-feira (9), uma nova ofensiva terrestre no sul da Faixa de Gaza, um dia depois de anunciar, sob pressão de países mediadores temerosos de um surto no Oriente Médio, que concorda em retomar as negociações de trégua com o movimento islâmico Hamas.
A ofensiva centra-se em Khan Yunis, a maior cidade do sul do território palestiniano, onde as tropas israelitas lançaram diversas operações contra os milicianos do Hamas.
Na quinta-feira, o Exército israelita instou a população a evacuar os bairros a leste de Khan Yunis antes de lançar as suas operações e, esta sexta-feira, indicou que estava a combater “no subsolo” naquele local.
A ordem levou a uma fuga precipitada a pé ou em carros carregados com pertences de vários civis, novamente afectados por um conflito que começou há dez meses e que forçou a deslocação, pelo menos uma vez, de 90% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza, segundo dados da ONU.
“Fomos deslocados 15 vezes. Suficiente! Somos civis e não somos responsáveis por esta situação”, afirma Mohamed Abdeen. Outro residente forçado a fugir, Ahmed al Najjar, grita com raiva: “Chega de humilhação! Pare com esta farsa!”
A Defesa Civil da Faixa de Gaza informou que um atentado à bomba deixou vítimas no leste de Khan Yunis e que quatro pessoas morreram num ataque em Nuseirat, no centro do território.
Chegar a “um acordo rapidamente”
Na quinta-feira, o Irão, aliado do Hamas e de outras organizações armadas da região, acusou Israel de querer “estender” a guerra em Gaza.
O conflito aumentou as tensões entre o Irão e os seus aliados no Líbano, Iémen, Síria, Iraque e Israel. O assassinato, em 31 de julho, em Teerã, do chefe do comitê político do Hamas, Ismail Haniyeh, levantou temores de uma escalada.
O ataque com explosivos que matou Haniyeh não foi reivindicado, mas o Irão e o Hamas atribuíram a culpa a Israel e prometeram vingança.
Horas antes do assassinato de Haniyeh, um atentado bombista reivindicado por Israel matou Fuad Shukr, comandante militar do movimento xiita Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irão, num subúrbio de Beirute.
Na terça-feira, o Hamas nomeou Yahya Sinwar, chefe do movimento em Gaza, para substituir Haniyeh. Israel acusa Sinwar de ser um dos mentores do ataque de 7 de Outubro que desencadeou a guerra.
O perfil de Sinwar, que pertencia ao braço armado do Hamas, suscita receios de que as negociações se compliquem.
Na quinta-feira, os países mediadores do conflito – Catar, Egito e Estados Unidos – instaram as partes a retomarem as negociações indiretas para começarem a implementar o acordo sem mais demora.”
O roteiro para uma trégua tem várias etapas e baseia-se num plano traçado em 31 de maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que o apresentou como uma proposta de Israel.
No dia 15 de agosto, Israel enviará uma delegação ao local acordado para “concluir os detalhes para chegar a um acordo”, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Esta sexta-feira, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, destacou a importância de “alcançar rapidamente” um acordo para libertar os reféns.
A tensão aumentou vários graus na fronteira entre Israel e o Líbano, onde, desde o início da guerra, foram registadas trocas quase diárias de artilharia entre o Exército israelita e o Hezbollah.
Dois combatentes do Hezbollah morreram num bombardeamento israelita em Naqoura, uma cidade libanesa perto da fronteira.
Uma fonte de segurança libanesa informou que um bombardeamento israelita matou um oficial de segurança do Hamas num campo de refugiados palestinianos em Ain al Hilweh, o mais populoso do Líbano.
Nos últimos dias, caças israelenses entraram no espaço aéreo libanês em baixa altitude, gerando pânico na população.
Charbel Chaaya, um estudante libanês de 23 anos que mora perto de Beirute, disse que teve um “ataque de pânico” pela primeira vez.
“Eu não conseguia respirar e minhas pernas estavam dormentes”, relatou ele.
A guerra de Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando milicianos islâmicos mataram 1.198 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo um relatório baseado em dados oficiais israelenses. Entre os mortos estavam mais de 300 soldados.
Também capturaram 251 reféns, 111 dos quais permanecem sequestrados em Gaza, mas 39 deles morreram, segundo o Exército israelita.
A ofensiva israelense em Gaza deixou até agora 39.677 pessoas mortas, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
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