Com o objetivo de melhorar os marcos legais do seguro rural no país, o Projeto de Lei (PL) nº 2.951, da senadora Tereza Cristina (PP-MS), pode contribuir para a redução da taxa de juros dos agricultores, tendo como uma das principais consequências é a concessão de crédito rural mais barata e fácil.
O projeto consiste basicamente na criação de um fundo no qual a União contribuirá com até R$ 4 bilhões, e cujo objetivo é subsidiar o pagamento de prêmios de seguros rurais em todo o Brasil, especialmente em áreas de risco.
Responsável pela criação do PL apresentado no Plenário do Senado Federal no mês passado, o parlamentar mato-grossense esteve presente no 13º Congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), na quarta-feira (7), onde de forma Em entrevista ao Correio do Estado, ele afirmou que trabalha para estabilizar o seguro no país com o objetivo de ajudar o produto.
“O jeito é ter juros mais baratos, já que o problema do banco é a insegurança, a incerteza. E temos uma indústria a céu aberto, portanto, sujeita a interferências, sejam elas quais forem. Então, quando você tem um seguro, com cobertura não só para seca, mas também para pragas e outros problemas, é possível abrir mais essas apólices”, explica Tereza.
O senador destaca que hoje muitas pessoas fazem seguros e não recebem, por contratos mal executados. “Quando criamos essa cultura, como temos nos Estados Unidos, que não é só um seguro, são três, quatro tipos de seguro, renda, clima, catástrofe, enfim, há uma série de coisas que são incentivadas quando ter seguro.”
Para o parlamentar, com as alterações necessárias na lei, um dos efeitos será a cobrança de juros menores, porque haverá segurança no recebimento. “Ao reduzir o risco, as taxas de juros diminuem”, reitera.
Ainda com impacto positivo no setor, Tereza Cristina aponta o aumento do potencial de crescimento para Mato Grosso do Sul e para a própria estabilidade econômica. “Queremos um plano para a agricultura, para resolver problemas, sejam eles climáticos, que hoje estão em evidência, como outros de qualquer natureza”.
Segundo o senador, a segurança criará um ambiente de estabilidade. “Com acesso ao seguro, essas pessoas não vão falar em securitização, não vão falar em renegociação, porque caso haja algum problema a seguradora e um fundo de catástrofe estarão disponíveis para que os resseguradores possam ter recursos”, diz Tereza, acrescentando que assim os juros acabam ficando mais baratos e o banco saberá de quem recebê-los.
A favor da medida apresentada pelo senador, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) destaca que a bancada reconhece o trabalho do Ministério da Agricultura e Fazenda no aumento de recursos para o Plano Safra. Contudo, a FPA manifesta preocupação com a falta de seguro rural e com a ausência de medidas para reduzir as taxas de juros.
Vale destacar que embora a Taxa Selic tenha caído de 13,75% para 10,50% no último ano, as taxas de juros do Plano Safra 2024 não foram reduzidas, com exceção do Moderfrota, que teve redução de 1 ponto percentual para os grandes produtores.
CONTA
De acordo com o texto inicial apresentado em 18 de julho deste ano, o projeto propõe alterações em três áreas principais. Primeiro, atualiza a Lei nº 8.171, de 1991, que define a política agrícola nacional, para melhor atender às necessidades do setor.
Em segundo lugar, altera a Lei nº 10.823, de 2003, que trata do apoio financeiro aos prêmios de seguro rural, com o objetivo de tornar o seguro mais acessível aos produtores.
Por fim, altera e revoga trechos da Lei Complementar nº 137, de 2010, que permite à União participar de um fundo de até R$ 4 bilhões para cobrir riscos adicionais de seguro rural. Essas mudanças visam melhorar a estrutura e a eficácia do seguro rural no país.
PLANO DE EMERGÊNCIA
Para a senadora Tereza Cristina, a criação de um plano emergencial é necessária, pois é uma forma de auxílio ao setor para complementar a reformulação do seguro rural.
As queimadas agravadas pela forte seca que atinge o Pantanal, somadas às recentes enchentes na região Sul do país, levaram a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) a fazer um apelo urgente para a elaboração de um plano de emergência nacional, para enfrentar os desafios impostos causados pelo clima, e que assola cada vez mais o sector agrícola.
O plano envolveria tecnologia e conexão, para prevenir desastres e antecipar as ações dos agricultores.
Sobre o assunto, o presidente do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal-Brasil) e vice-presidente da Abag, Ingo Ploger, disse em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, que a criação de um plano se mostrou mais do que necessária , especialmente depois da catástrofe no Rio Grande do Sul e também da seca e dos incêndios no Mato Grosso do Sul.
Assine o Correio do Estado
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil