A ampliação do crédito para cadeias produtivas estratégicas no Nordeste foi tema de debate, nesta terça-feira (6), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na Zona Sul do Recife.
A reunião técnica aconteceu junto com representantes do Consórcio Nordeste, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), secretários estaduais da região e bancos públicos federais (Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica).
Algumas medidas foram estabelecidas durante o evento, como a reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) e definição do calendário de desenvolvimento através de “rodadas de negócios” em todos os estados do Nordeste.
Segundo dados do BNDES, entre janeiro e junho de 2024, Nordeste teve R$ 7,7 bilhões em crédito aprovado pela instituição. O valor representa um aumento de 196% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a diretora de Crédito Financeiro e Digital para micro, pequenas e médias empresas do BNDES, Maria Fernanda Coelho, há um grande desafio para territorializar as políticas públicas.
“O BNDES, em parceria com a Sudene e o Consórcio Nordeste, idealizou esta reunião técnica para que possamos iniciar um processo de articulação das instituições públicas federais que atuam na região para potencializar ainda mais os investimentos que estão previstos para a região Nordeste”, afirmou.
O encontro continuou ao longo do dia e contou com diversas palestras sobre as perspectivas de investimentos e a nova fase de desenvolvimento do Nordeste; investimentos nos estados e seus projetos estratégicos; e a oferta de crédito pelos bancos da região e estratégias para expandi-la.
Durante a apresentação, a professora Tania Bacelar abordou o mudanças pelas quais o Nordeste vem passando ao longo dos anos.
“O Nordeste tem um problema social importante, mas a região não é só isso. O que tentei mostrar é quais mudanças aconteceram na região e como você se organiza para financiar investimentos dialogando com essas mudanças”, destacou.
A partir do encontro e dos diálogos estabelecidos, foi definido um calendário de “rodadas de negócios” como forma de integração dos bancos aos projetos estaduais.
“Vamos ter um calendário em cada um dos estados, avaliando junto ao poder público e estadual, aos municípios e ao setor público e privado para que possamos iniciar esse ciclo virtuoso de investimentos baseado na grande estratégia de governo que é o Plano de Transformação Ecológica, o Novo PAC e a Nova Indústria Brasil”, destacou Maria Fernanda.
Ainda segundo o diretor, A ação será definida a partir do diagnóstico que os estados têm e projetos considerados estruturantes, além da perspectiva da Sudene com sua estratégia de desenvolvimento.
Segundo o chefe de gabinete do Consórcio Nordeste, Glauber Piva, o encontro é um marco histórico e o Nordeste é uma região estratégica para esta nova fase de desenvolvimento que o Brasil deve passar.
“É muito importante que haja uma perspetiva de territorialização das políticas públicas e isso depende da qualidade do investimento. O BNDES é estratégico nisso e talvez seja o grande eixo em torno do qual o sistema financeiro brasileiro possa atuar no financiamento de investimentos no Nordeste.”
Retomada
No evento, a Sudene anunciou a retomada das atividades do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) com o objetivo de integrar ações de apoio financeiro ao setor produtivo regional.
O grupo de agentes financeiros apoiará o Conselho Deliberativo Sudene (Condel) da superintendência com medidas para melhorar a aplicação de instrumentos que financiam ações de desenvolvimento regional.
Segundo o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, trata-se de uma retomada estratégica no planejamento regional promovida pela superintendência.
“Para que possamos integrar melhor o financiamento às metas e missões definidas nas políticas de desenvolvimento regional, a Sudene está reativando seu comitê de integração das instituições financeiras da região.”
O comitê estabelecerá metas consolidadas entre as instituições para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste, considerando ações como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Nova Indústria Brasil, além de políticas de desenvolvimento regional.
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