As convenções que oficializaram as candidaturas do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e do atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), neste fim de semana, marcaram o fim dos eventos partidários dos principais candidatos a prefeito de São Paulo .
Além de Nunes e Marçal, os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) também participaram dos respectivos eventos partidários.
Os eventos, além de reunirem associados para confirmar o nome do partido, também marcam um momento importante nas campanhas, em que, em muitos casos, são divulgados os nomes dos vice-campeões da chapa e apoios de outros partidos. está confirmado.
Em 2024, as convenções de prefeitos da capital paulista foram marcadas pela presença de nomes importantes da política nacional e pelo fim da incerteza sobre questões que se arrastavam desde o início da pré-campanha, e que são consideradas fundamentais para o desenvolvimento da corrida eleitoral a partir de agora.
Veja quais foram os principais momentos das convenções em SP:
Ao lado de Bolsonaro, Nunes é oficializado em convenção
A candidatura do prefeito Ricardo Nunes foi oficializada neste sábado, 3, na convenção do MDB, realizada no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do ex-presidente Michel Temer (MDB) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Também estiveram presentes o vice-presidente, o ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e o coronel reformado da PM Ricardo Mello de Araújo (PL).
A presença do ex-presidente e da ex-primeira-dama foi mais um sinal de que a disputa será nacionalizada. Ao lado de Nunes, Bolsonaro afirmou que o prefeito de São Paulo já provou suas qualidades durante seu mandato.
A coalizão de Nunes, chamada “Caminho Seguro para São Paulo”, tem 11 partidos: PL, PSD, Republicanos, Progressistas, Podemos, Solidariedade, PRD, Agir, Mobiliza, Avante e União Brasil.
União Brasil confirma apoio a Nunes e Kim critica próprio partido
Também neste sábado, dia 3, o União Brasil formalizou seu apoio ao candidato de Ricardo Nunes. A sigla foi a única da base do prefeito que ainda não havia confirmado a aliança com o emedebista. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União-SP). Leite foi a principal ausência na convenção do MDB que confirmou a candidatura de Nunes neste fim de semana.
A confirmação acabou com o desejo do deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) de concorrer a prefeito pelo partido. Na última quinta-feira, 1º, o parlamentar já havia anunciado sua desistência do pleito. Em entrevista coletiva, Kataguiri criticou a falta de apoio do União Brasil: “Fui sabotado pelo meu partido”. Apesar das declarações, o parlamentar declarou apoio a Nunes.
O União Brasil demorou a confirmar a aliança com Nunes devido à insatisfação com a escolha de Ricardo Mello como vice-presidente. O ex-comandante da Rota foi a indicação de Bolsonaro para o cargo, cobiçado também por Leite.
Policial militar feminina como vice de Marçal
Sem o apoio de outros partidos, Marçal oficializou neste domingo, 4, sua candidatura a prefeito de São Paulo pelo PRTB. Na convenção, numa espécie de “chá revelação”, Marçal anunciou a policial militar Antônia de Jesus (PRTB) como sua vice-presidente. Em entrevista coletiva após o evento, ele disse que escolheu uma mulher como vice-presidente por acreditar que elas são mais inteligentes e sensíveis.
A confirmação de Marçal ocorre em meio a uma cisão no PRTB. Grupos rivais querem tirar Leonardo, que apoia a candidatura do influenciador, da presidência nacional do partido. Argumentam que o Avalanche não cumpriu os acordos políticos e que a sua eleição foi marcada por irregularidades.
Questionado, o candidato afirmou não ter “nenhuma preocupação” com ações judiciais que visam derrubar a liderança do partido ou a sua candidatura, acrescentando que, até ao momento, o partido ganhou todas.
Lula marca presença na convenção de Boulos e nacionaliza disputa
A convenção de Guilherme Boulos contou com a presença não apenas de sua vice-presidente, Marta Suplicy (PT), mas também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outros sete ministros de estado, incluindo o ex-prefeito da capital e atual ministro da Fazenda , Fernando Haddad.
A vitória de Boulos é uma das principais apostas da esquerda, de olho nas eleições de 2026. Não por acaso, durante a convenção, Lula afirmou que Boulos não é o candidato apenas do PSOL, mas de todos os partidos que compõem a coligação.” Amor a São Paulo”, que reúne um total de oito partidos: PSOL, PT, PDT, Rede, PCdoB, PV, PMB e PCB. O tom do discurso confirmou tanto a nacionalização da disputa na cidade quanto a expectativa de que Lula participe ativamente da campanha eleitoral.
Estiveram presentes os ministros Fernando Haddad (Finança), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Luciana Santos (Ciência). e Tecnologia) e Marcio Macedo (Secretaria Geral da Presidência). A primeira-dama, Janja da Silva, também participou da convenção.
PT define repasse para campanha do PSOL
Outro ponto de impasse e preocupação na campanha de Boulos foi a possível divergência e indefinição do PT quanto às regras de transferência de recursos do fundo eleitoral para o PSOL nas eleições municipais de outubro. Para o Estadãoo presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro, afirmou que seu partido não terá problemas em transferir recursos para Boulos.
“O fundo partidário não tem problema, houve um exagero de alguns em tratar isso como uma divergência, como um impedimento para o PT destinar recursos para um candidato majoritário. O que aconteceu é que o PT teve uma deliberação em eleições anteriores de não repassar para outros partidos. Essa decisão agora foi mantida. Isso não impede o PT de destinar recursos para a vice, que é do PT, que é a Marta”, disse.
Porém, os valores exatos das transferências ainda não foram definidos e dependerão da consolidação do registro dos pedidos.
Datena é oficializada em convenção pela primeira vez após desistências
O apresentador de TV José Luiz Datena foi oficializado, pela primeira vez, como candidato a prefeito. Após sucessivas desistências desde as eleições de 2016, o jornalista foi apresentado como candidato a prefeito de São Paulo durante convenção realizada pelo PSDB na Alesp.
O evento, marcado por discussões e comoção na entrada do prédio, confirmou o ex-senador José Aníbal (PSDB) como vice. A confusão ocorreu por conta da ala dissidente dentro do próprio partido, liderada pelo ex-presidente do diretório municipal do PSDB na capital paulista, Fernando Alfredo.
Tanto Fernando quanto seus aliados foram bloqueados ao tentarem entrar na convenção do partido. O líder lançou uma pré-candidatura própria, aumentando o conflito interno no partido. Para o Estadãoafirmou que tentará anular a candidatura de Datena.
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