Em julho extremamente seco, temperatura variou de 1 a 38 graus em MS

O mês de julho foi de chuvas abaixo da média, tempo seco e grande variação de temperatura em Mato Grosso do Sul.

De acordo com levantamento divulgado pelo Núcleo de Monitoramento de Tempo e Clima do MS (Cemtec), dos 45 municípios analisados, 31 tiveram chuvas bem abaixo da média histórica. Além disso, a menor umidade relativa do ar registrada foi de 13% observada nos municípios de Água Clara, Corumbá, Coxim, Nhumirim-Nhecolândia e Sonora, principalmente entre os dias 27 e 29 de julho.

A menor temperatura registrada foi de 1°C, no dia 1º de julho, em Iguatemi, e a maior foi de 38ºC, no dia 28 de julho, em Corumbá. Confira a pesquisa:

Os números destacam as condições extremas registradas neste inverno em todo o estado.

Pouca chuva

Os valores de precipitação variaram de 0 a 15 mm nas regiões centro-norte, Pantanal, norte e nordeste do estado. Na porção sul do estado as precipitações ficaram acima da média histórica com acúmulos entre 45-90 mm, principalmente no extremo sul.

Ao analisar o número de dias com precipitação abaixo de 1 mm (dias sem chuva), observa-se que a maioria dos municípios apresenta mais de 25 a 30 dias sem chuvas significativas durante o mês de julho. Com exceção do extremo sul do estado, não chove há 15 a 20 dias.

Precipitação acumulada – Número de dias com precipitação inferior a 1mm. Fonte: Cemtec

O município com maior índice pluviométrico foi Iguatemi, onde foram observados 86 mm de chuva acumulada em julho de 2024, o que representa 58% abaixo da média histórica. Por outro lado, a maior parte dos municípios monitorados registrou precipitações abaixo de 10 mm.

Fonte: Cemtec

Em CampoGrande

A média histórica é baseada em dados climatológicos da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A702 localizada na EMBRAPA Gado de Corte em Campo Grande, referente ao período 1981-2010, ou seja, a precipitação acumulada em maio de 2024 ficou 82% abaixo da média histórica de precipitação.

Ao comparar outros pontos de medições oficiais do município, observa-se que todas as medições ficaram abaixo da média histórica. O maior registro de precipitação mensal acumulada em Campo Grande foi no pluviômetro automático do

Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), com 9,2 mm. Isso representa 74% abaixo da média esperada para o mês de junho.

Previsão para o trimestre

A expectativa do Cemtec é que as condições observadas em julho persistam no próximo trimestre (agosto, setembro e outubro), com chuvas abaixo da média histórica nas regiões centro-norte, Pantanal e norte do estado. Nas regiões Sudeste, Leste e Nordeste, as chuvas tendem a ficar dentro do esperado para o trimestre.

Assine o Correio do Estado.