Neuralink: segundo implante de chip cerebral em paciente é finalizado

A Neuralink realizou um implante cerebral em um segundo paciente, segundo o CEO da empresa, Elon Musk. O objetivo do chip é devolver às pessoas paralisadas a capacidade de usar dispositivos digitais por meio do pensamento.

No início do ano ocorreu o primeiro implante cerebral da Neuralink. Desde então, o paciente pode publicar nas redes sociais, navegar na internet, movimentar os cursores do laptop, entre outras coisas.

Em podcast apresentado por Lex Fridman, Elon Musk afirmou que o segundo indivíduo envolvido na iniciativa científica tem uma lesão na medula espinhal semelhante ao primeiro, Noland Arbaugh, que ficou paralisado após um acidente de mergulho. Segundo o bilionário, 400 dos eletrodos colocados no segundo paciente estão funcionando.

“Não quero azarar, mas tudo parece ter corrido muito bem com o segundo implante”, disse Musk.

“Está funcionando muito bem.” A data da segunda cirurgia não foi revelada segundo a agência de notícias Reuters.

O bilionário sul-africano diz que espera operar mais oito pacientes este ano.

Arbaugh também disse em entrevista ao podcast que, com o implante, basta pensar no que quer que aconteça na tela do computador para que o aparelho torne o pensamento realidade. Isso teria lhe dado mais independência de seus cuidadores.

É importante lembrar que a Neuralink ainda está testando o chip cerebral, que permanece em fase de experimentação. Não é de surpreender que os implantes tenham apresentado alguns problemas.

Em maio, por exemplo, foi anunciado que cerca de 85% dos fios ligados ao cérebro de Noland Arbaugh se soltaram. A equipe do Neuralink esperava que o cérebro do paciente formasse tecido cicatricial ao redor dos fios, o que não aconteceu.

O revés representou um obstáculo à capacidade de Arbaugh de mover o cursor do computador com a mente. Como resultado, os implantes em humanos foram suspensos.

Agora, porém, a experiência está sendo retomada, com a perspectiva de mobilização de ainda mais indivíduos até o final de 2024.