As previsões sobre seca, risco extremo de incêndio e possibilidade de cenário crítico para incêndios florestais no Pantanal, feitas no início do ano, chegaram neste mês. Agosto e setembro, na média histórica feita pelo Laboratório de Aplicações de Satélites, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ), são apontados como o pico da seca e, portanto, com maior risco de propagação das chamas. A expectativa é que o bioma alcance a marca de 1 milhão de hectares queimados neste fim de semana.
Em junho, quando ocorreu o período mais crítico deste ano, o incêndio destruiu 14,6 mil hectares, em média, por dia. Em julho, quando o frio fez parte da rotina do Pantanal por cerca de duas semanas, a média diária de área queimada chegou a 4,8 mil hectares. Esta semana, mais especificamente entre quarta e quinta-feira, foram consumidos 61 mil hectares num dia.
O governo do Estado, que vinha mantendo uma comunicação assertiva sobre o combate aos incêndios e com a perspectiva de tentar controlar a situação, identificou que os próximos dias são repletos de previsões sérias.
A situação climática favorável à propagação do fogo mantém-se, pelo menos, até 7 de agosto.
“As temperaturas permanecem estáveis e acima da média, entre 34°C e 37°C, com baixa umidade entre 10% e 30%. Tudo isso é favorável à ocorrência de incêndios florestais. Entre agosto e setembro ocorrem os maiores incêndios florestais e as condições previstas são favoráveis ao fogo”, reconheceu a meteorologista do Centro de Monitorização do Tempo e do Clima (Cemtec), Valesca Fernades.
“Até outubro, as regiões Pantanal e Sudoeste estão em alerta e as demais estão em alerta e observação”, acrescentou.
Após 7 de agosto, há previsão de aumento de nebulosidade e probabilidade de chegada de frente fria. Essa mudança de cenário reflete queda de temperatura e possibilidade de chuvas leves, mas apenas para a região de Porto Murtinho.
SITUAÇÃO ATUAL
Os registros mais graves de incêndios florestais no Pantanal foram identificados até sexta-feira na Nhecolândia (fazendas Tupaceretã e Porto do Cirático), região do Abobral, Rio Verde, na Serra do Amolar – em área entre a Bolívia e Mato Grosso do Sul -, no Porto da Manga (cerca de 80 km de Corumbá), região do distrito de Albuquerque (Corumbá) e próximo à área de treinamento do Rabicho (Corumbá), onde está localizada a Marinha do Brasil.
“Estamos recebendo reforços de corporações e da Força Nacional. Já temos bombeiros de Goiás e do Paraná em combate e outros 13 militares de Sergipe virão ao Estado para realizar o combate. O período será longo, estamos no início de agosto e a seca promete mais obras no bioma”, afirmou a Tenente Coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar.
Na região da Serra do Amolar, a equipe da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), lutou nas noites de 2 e 3 de agosto.
O grupo só consegue acessar as áreas com apoio de helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Há também mais de 10 brigadistas do Prevfogo/Ibama, além do uso de aeronaves.
“O conflito está enraizado numa terrível combinação de alterações climáticas, desflorestação e incêndios. Essa química perversa nos faz ver as cenas que vimos agora há pouco. O incêndio não é estadual, não é federal, não é municipal. É algo que precisa ser combatido e administrado adequadamente”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, após agenda realizada em Corumbá, no dia 31 de julho.
Nota técnica da Lasa/UFRJ, divulgada em julho, estimou que há 80% de possibilidade de a área queimada no Pantanal ultrapassar 2 milhões de hectares até o final de 2024.
Em 2020, ano mais crítico para incêndios florestais no bioma em décadas, 3.632.225 hectares foram destruídos pelo fogo, com estimativa de mortalidade de mais de 17 milhões de animais.
Este ano, entre perdas já calculadas pelo governo do Estado e valores gastos em combate e fiscalização, já foram consumidos mais de R$ 204 milhões.
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