Um dia após atingir R$ 5.734, maior preço desde 21 de dezembro de 2021, a moeda norte-americana oscilou durante a sexta-feira (2).
O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), a R$ 5,709, em dia marcado por alta volatilidade no mercado de câmbio.
Um dia após atingir R$ 5,734, maior preço desde 21 de dezembro de 2021, a moeda norte-americana oscilou entre sinais durante a sessão e atingiu máxima de R$ 5,793, até cair no final da tarde.
A Bolsa de Valores caiu 1,27%, aos 125.772 pontos, segundo dados preliminares. O Ibovespa acompanhou os índices de Wall Street e foi pressionado pela forte queda das ações da Petrobras, afetada pela queda dos preços do petróleo no exterior.
O dia foi marcado por receios de que a economia dos EUA pudesse estar a caminhar para uma recessão, após a divulgação de dados de emprego mais fracos do que o esperado.
A chamada “folha de pagamento” mostrou que a criação de empregos desacelerou para 114 mil em julho, e a taxa de desemprego subiu para 4,3%, o nível mais alto desde outubro de 2021.
Analistas consultados pela Reuters esperavam a criação de 175 mil empregos e a taxa de desemprego permanecendo em 4,1%. No mês anterior foram abertas 179 mil vagas, num valor revisto em baixa.
Os números reforçam a tese de que o início de um ciclo de flexibilização monetária por parte do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), com queda nas taxas de juros, poderá acontecer na próxima reunião colegiada, em setembro.
Uma taxa elevada nos Estados Unidos, considerada a economia mais segura do mundo, desencoraja os investimentos em activos de risco, atraindo os investidores para títulos ligados ao Tesouro dos EUA, chamados tesouros. Isso significa que quanto mais o Fed cortar as taxas de juros, melhor para o real e outras moedas emergentes, além do próprio mercado de ações.
Contudo, o abrandamento da economia norte-americana – resultante, na opinião dos analistas, de taxas de juro elevadas durante demasiado tempo – tem sido visto como o prelúdio de uma recessão.
“A contração da economia não aparece no PIB (Produto Interno Bruto) de forma gradual: ela vem de repente. A taxa de desemprego vem girando nos últimos meses, e toda vez que há uma inflexão na taxa, há uma recessão. É assim desde 1940, e foi assim em 2008 e, mais recentemente, em 2020, com a pandemia”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
“Os dados secundários normalmente sinalizam que a economia está a deteriorar-se, nomeadamente: aumento da inadimplência, pedidos mais rápidos de subsídio de desemprego, menos vagas de emprego.”
Os receios de uma recessão levaram o mercado a exigir um corte mais agressivo nas taxas de juro na próxima reunião da Fed, que, na reunião desta quarta-feira, optou por manter a taxa diretora inalterada no intervalo entre 5,25% e 5,5%.
Segundo a ferramenta CME Watch, que recolhe apostas sobre a política monetária norte-americana, 67,5% dos investidores estimam que as taxas de juro caiam 0,5 pp, enquanto os restantes 32,5% esperam 0,25 pp
Um corte maior, no entanto, não parece estar no horizonte para as autoridades dos EUA. Numa conferência de imprensa na quarta-feira, o presidente do conselho, Jerome Powell, afirmou que reduzir as taxas de juro a um ritmo mais agressivo do que o normal não é “algo em que o conselho esteja a pensar neste momento”.
Esta sexta-feira, o presidente da Fed de Chicago, Austan Goolsbee, também afirmou que o banco central deve agir de forma “consistente”, rejeitando a pressa do mercado em apostar em cortes maiores.
“Nunca queremos reagir de forma exagerada aos números de um mês”, disse Goolsbee em entrevista à Bloomberg TV. Ainda assim, disse ele, “nosso objetivo absoluto neste momento é chegar a algo como o pleno emprego, e não ir além do nível normal e deteriorar-se”.
A chuva fria afastou os investidores dos mercados de ações globais. Na Europa, o índice de referência STOXXX 600 caiu 2,73% para 497,85 pontos, atingindo o seu nível mais baixo em mais de três meses.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones perdeu mais de 1,80%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 caíram 1% e 2%, respetivamente. O “medidor do medo” de Wall Street – o VIX – subiu para o seu nível mais alto desde março de 2023, e os rendimentos dos títulos do Tesouro a 10 anos caíram 17 pontos base, para 3,8%, acompanhando as maiores apostas do Fed em cortes.
O mundo exterior contaminou o Ibovespa, na visão de Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital. “Antes tínhamos um discurso de ‘pouso suave’, ou seja, um pouso suave em relação à desaceleração econômica, mas isso pode estar revertendo para um ‘pouso duro’”, afirma.
“O dólar atingiu máxima na casa dos R$ 5,80, mas acabou enfraquecendo durante o dia devido aos dados norte-americanos, às movimentações nas bolsas de valores no exterior e à queda dos títulos do Tesouro… Com isso, os juros futuros aqui seguiram o mesmo fluxo, que trouxe alívio ao real.”
O índice também foi afetado por quedas de quase 3% nas ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, após o barril de petróleo Brent ter perdido 2,82% no mercado externo devido à escalada das tensões no Oriente Médio – outro fator de estresse para o cenário doméstico . , por conduzir os investidores a ativos mais seguros.
A política monetária do BC (Banco Central) também permaneceu no radar. O Copom (Comitê de Política Monetária) optou por manter a taxa básica de juros do país – a Selic – em 10,50% ao ano.
Para alguns analistas, a falta de sinais sobre um possível aumento das taxas de juros é motivo de preocupação.
A declaração “não foi tão agressiva quanto poderia ter sido, dada a deterioração das perspectivas de inflação e o equilíbrio de riscos”, disse Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs.
Na véspera, as tensões no Oriente Médio e a decisão do Copom também afetaram os mercados. O dólar subiu 1,43%, a R$ 5,734, e a Bolsa caiu 0,20%, a 127.395 pontos.
*Informações da Folhpress
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