Convenção de Viena: auxiliares de Lula avaliam que Venezuela descumpriu acordo internacional

Membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam reservadamente que as autoridades venezuelanas não cumpriram a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Isso porque os seis assessores de María Corina Machado, que são Oérealizada na embaixada argentinanão puderam sair do prédio junto com os diplomatas argentinos que tiveram que deixar a Venezuela.

A conclusão é que não há quase nada a fazer neste momento, a não ser trabalhar para impedir que a embaixada argentina em Caracas, desde quinta-feira (1º), durante o responsabilidade do governo brasileiroestar livre da ação dos seguidores do presidente Nicolás Maduro.

Há risco de o prédio ser invadido e os antichavistas atacados, o que seria “uma grande tragédia”, na visão de Brasília.

Custódia do Brasil

Os seis oponentes de Maduro estão sob custódia do Brasil na embaixada. As necessidades básicas, como alimentação e segurança, continuarão a ser atendidas por funcionários locais contratados por Buenos Aires. Mas o governo brasileiro procurará proteger essas pessoas em diálogo com o governo Maduro.

Os governos da Argentina e do Peru pediram ao governo brasileiro que representasse os seus interesses na Venezuela, porque Maduro expulsou diplomatas desses países na segunda-feira. O Brasil espera uma resposta positiva da Venezuela, para servir os peruanos.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou na segunda-feira diplomatas da Costa Rica, República Dominicana, Chile, Panamá e Uruguai.

Contestação

Estes países contestaram o resultado das eleições na Venezuela anunciadas pelo Conselho Nacional Eleitoral do país, que deu a vitória a Maduro. A oposição protestou, afirmando que o vencedor foi o seu candidato, Edmundo González.

Segundo interlocutores da área diplomática, o governo brasileiro ajudará todos os países que o procurarem. Contudo, apenas Argentina e Peru solicitaram representação brasileira.

No encontro com Maduro, no início da semana, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, fez um apelo para evitar uma invasão, que pode se transformar em uma catástrofe.

Amorim atendeu a um pedido feito pela chanceler argentina, Diana Mondino, ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.