Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – Depois de se aproximar de 5,80 reais pela manhã, perdeu força e fechou a sexta-feira em baixa no Brasil, perto de 5,70 reais, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior em meio à perspectiva de que o Federal Reserve possa promover uma maior corte nas taxas de juros em setembro.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,7109 reais na venda, queda de 0,44%, após ter atingido na véspera a maior cotação desde dezembro de 2021. Na semana, porém, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,93%.
Às 17h04, na B3 (BVMF), o primeiro vencimento caía 0,74%, a 5,7290 reais na venda.
O principal ponto de atenção na agenda do dia foi o relatório da folha de pagamento do Departamento do Trabalho dos EUA, divulgado às 9h30. O documento mostrou que os EUA criaram 114 mil empregos não agrícolas em Julho, após uma revisão em baixa de 179 mil em Junho.
Economistas consultados pela Reuters projetavam a abertura de 175 mil empregos em julho, depois de 206 mil em junho, segundo dados anteriores. A taxa de desemprego nos EUA aumentou de 4,1% para 4,3%.
A princípio, os dados fracos deram força ao dólar frente ao real e fizeram o preço se aproximar dos 5,80 reais logo após a divulgação: às 9h35 o dólar à vista atingiu a máxima de 5,7948 reais (+1,02%).
Pouco depois, porém, o dólar caiu em relação ao real, em linha com a perda de força quase generalizada da moeda em todo o mundo. O movimento seguiu-se à queda acentuada nos rendimentos das obrigações dos EUA após a folha de pagamento, com o mercado a começar a avaliar as probabilidades maioritárias de um corte de 50 pontos base na taxa de juro por parte da Reserva Federal em Setembro – e não apenas 25 pontos base, uma vez que os activos foram indicando nos últimos dias.
Segundo o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno, a forte queda nos rendimentos do Tesouro pressionou o dólar para baixo, favorecendo moedas como o real.
“Isso se deve ao diferencial de juros (para o Brasil), que tende a aumentar considerando um Fed mais agressivo no corte dos juros em setembro”, pontuou Rostagno.
Na prática, com a expectativa de taxas de juros mais baixas nos Estados Unidos a partir de setembro e uma taxa básica Selic estável em 10,50% ao ano – conforme indica a curva de juros brasileira -, o Brasil tende a se tornar ainda mais atraente para o capital internacional . Isso se traduziu na queda do dólar.
A moeda norte-americana à vista atingiu cotação mínima de 5,6994 reais (-0,65%) às 14h18. A queda do dólar no Brasil esteve em linha com o declínio da moeda norte-americana em relação à maioria das outras moedas no exterior – que continuou até o final da tarde.
Às 17h32, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 1,08%, para 103.230.
Apesar da queda nesta sessão, o dólar ainda subiu durante a semana, permanecendo acima de 5,70 reais. Profissionais de mercado avaliam que, mesmo com o alívio trazido do exterior nesta sexta-feira, outros fatores continuam a apoiar o dólar, como as preocupações em torno do equilíbrio fiscal do governo.
“Existem componentes domésticos que inibem uma maior valorização do real”, disse Rostagno.
Pela manhã, o Banco Central vendeu em leilão todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional com o objetivo de rolar o vencimento em 1º de outubro de 2024.
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