O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou nesta sexta-feira (2) o julgamento da ação penal contra Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”. Acusada de participar dos acontecimentos do dia 8 de janeiro, ela afirma que “caiu em uma armadilha” e que ameaçou o ministro Alexandre de Moraes porque estava “com medo”. A catarinense pode pegar até 17 anos de prisão.
Fátima é arguida em Tribunal de Justiça Federal pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. O julgamento termina na próxima sexta-feira (9).
Fátima de Tubarão se defende na Justiça e afirma ter caído em ‘armadilha’
Sobre o fato de ter dito que iria “pegar” Moraes em um vídeo, Fátima disse que disse isso porque estava com medo e descreveu o que estava presenciando, sem a intenção de incentivar ações.
Ela ressaltou acreditar que o ministro Alexandre de Moraes os receberá na segunda-feira (9). Segundo o seu depoimento, o seu único objetivo era falar com ele, negando qualquer intenção de depor o Presidente da República.
A catarinense garantiu não ter participado nos atos de vandalismo e ainda repreendeu quem invadiu bens públicos. Sobre um vídeo onde foi identificada dizendo “é guerra”, Fátima explicou que estava assustada e descrevendo o que viu, sem intenção de incitar à violência.
Questionada sobre sua ficha criminal, a catarinense admitiu já ter sido presa por tráfico de drogas e desrespeito à autoridade. Sua defesa argumenta que ela foi vítima de uma situação inesperada e que suas ações foram mal interpretadas.
“Fátima de Tubarão” afirma ter caído numa armadilha
Durante a audiência, “Fátima de Tubarão” declarou que sua viagem a Brasília teve como objetivo apenas conversar com o ministro do Supremo Tribunal Federal. Ela afirma ter sido vítima de uma “armadilha” ao chegar à Praça dos Três Poderes.
Em seu depoimento, ele disse que viajou para Brasília na noite de sexta-feira (01/06), com a intenção de participar de um acampamento no Quartel-General do Exército. O objetivo foi dialogar com Alexandre de Moraes, solicitando a apresentação do código-fonte das urnas eletrônicas.
Fátima afirmou que, pelo plano inicial, a conversa estava marcada para acontecer na segunda-feira (9). Porém, no domingo (8), um carro de som no acampamento anunciou que “chegou a hora”, incentivando o grupo a se deslocar para a Praça dos Três Poderes.
A catarinense afirmou que, ao chegar ao local, encontrou tudo já destruído e foi revistada pela polícia antes de entrar. Ela relatou ter visto objetos sendo arremessados de dentro do prédio e constatou que já havia pessoas lá dentro, mas que ela não participou dos atos de vandalismo.
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