No penúltimo dia de competições individuais de judô, os brasileiros foram eliminados precocemente e ficaram sem medalhas. A expectativa do público era grande com a presença de Mayra Aguiar. Um dos maiores nomes do judô brasileiro, ela arrecadou três medalhas de bronze olímpicas nas últimas três edições dos jogos. Mas, após um ciclo olímpico marcado por lesões, Mayra desistiu das competições nos últimos meses, o que a fez cair no ranking mundial. E justamente por isso, o sorteio das chaves do torneio em Paris reservou um duelo de gigantes na abertura da categoria até 78 kg feminina.
Mayra Aguiar enfrentou a italiana Alice Bellandi, atual número um do mundo, em sua estreia. No tatame, os dois travaram uma luta equilibrada, que só foi decidida pelo placar de ouro, a prorrogação no judô. Bellandi aplicou um waza-ari e venceu o duelo, tirando as chances do brasileiro no pódio.
“A derrota é dura. É muito ruim. Dói demais, é amargo, é doloroso, é uma droga. Não gosto de perder, não é brincadeira, imagine um negócio onde a gente doa tanto. Dá saúde, tempo para família, parte mental. É uma dieta rigorosa e restrita, treinando todos os dias com dores. Então não é só hoje, é todo o ciclo olímpico que é uma luta. E quando termina assim, assim, é muito ruim. Mas também sei que todas as vezes que doeu muito, seja dentro ou fora do tatame, sempre levantei muito forte. Quanto mais dói, mais nos tornamos mais fortes, e talvez eu esteja me agarrando a isso agora. Aprendemos muito rapidamente a renovar as coisas. Seja numa vitória ou numa derrota, nunca parei muito para comemorar, nem para ficar angustiado, para baixar a cabeça e chorar. Obviamente temos que fazer isso, deixar sair esse sentimento, mas é algo que sempre carrego comigo. É pegar as coisas boas que passaram e pensar no futuro. Pensando no que posso melhorar como atleta e como pessoa”, disse Mayra após a dolorosa eliminação, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
A judoca gaúcha também refletiu sobre os limites do próprio corpo e revelou o motivo da ausência nas competições do circuito mundial nos últimos meses.
“Já passei do meu limite. Já faz um tempo que estou mentindo para o meu corpo. Mentindo que está tudo bem. Já fiz várias cirurgias e a primeira foi quando eu tinha, não sei, 16 ou 17 anos. Eu ainda sinto ela e os próximos. Aprendi a treinar e lutar assim, mas nos últimos anos tem sido mais difícil. Não adianta, é um preço que pagamos. Não podemos brigar tanto com nosso corpo, temos nossos limites. Mas fui até onde pude, até onde o corpo deixou e também não deixou. Eu tentei, por isso fiquei um pouco mais fechado. Talvez tenha sido mais difícil por causa disso. Por brigar com meu corpo mais do que estou acostumada. E não tinha como competir muito. Acho que essa foi a maior briga”, completou.
Mayra Aguiar tem 32 anos e um currículo repleto de conquistas. Além das três medalhas de bronze em Jogos Olímpicos, a gaúcha também é tricampeã mundial na categoria até 78 kg e soma um total de oito medalhas em campeonatos mundiais de judô.
Leonardo Gonçalves cai na estreia
Natural de Iguape, cidade do litoral paulista, Leonardo Gonçalves estreou nesta quinta-feira (1º) nos Jogos Olímpicos na categoria até 100 kg masculino. Na luta de abertura enfrentou Dzhatar Kostoev (Emirados Árabes Unidos). O judoca brasileiro perdeu a luta após sofrer dois waza-ari do oponente.
“Consegui enfrentá-lo com ippon, mas foi uma luta difícil. Procurei o tempo todo, não me acovardei e deixei tudo que tinha. Mas não foi suficiente. Agora estou à disposição da comissão técnica caso precisem de mim na competição por equipes”, disse após deixar a competição.
Ao contrário de Mayra Aguiar, Leonardo está inscrito na competição por equipes de judô, que será realizada no sábado (3), último dia de competições de judô, a partir das 3h (horário de Brasília). O adversário do Brasil na estreia será o Cazaquistão.
Antes disso, estão programadas as últimas competições individuais das categorias pesadas. O Brasil terá dois representantes estreando às 5h (horário de Brasília). Bicampeão olímpico, Rafael Silva, o Baby, enfrentará o judoca Kokauri Ushangi (Azerbaijão), na primeira rodada da categoria acima de 100 kg. Esta é a quarta e provavelmente a última Olimpíada da carreira do judoca mato-grossense, que já conquistou três medalhas em edições anteriores. A paulista Beatriz Sousa, medalhista de bronze na Copa do Mundo de 2023, estreará nas oitavas de final da categoria acima de 78 kg feminino. O adversário ainda não foi definido.
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