Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 10,03 bilhões em impostos no primeiro semestre de 2024. O valor está em linha com as expectativas do governo, e o aumento percentual está um pouco acima da inflação do período.
Dados do Conselho Nacional de Política Financeira (Confaz) mostram que, no período entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação tributária em Mato Grosso do Sul atingiu R$ 10,03 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram captados R$ 9,71 bilhões. A variação positiva é de 3,34%.
Mais de 80% da receita tributária de Mato Grosso do Sul vem da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Mais precisamente, 81%, ou R$ 8,201 bilhões de reais, vieram desse imposto.
No primeiro semestre deste ano, a arrecadação do Estado com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) foi de R$ 921 milhões, a arrecadação com o Imposto sobre Transmissão de Bens e Doações (ITCD) foi de R$ 241 milhões, e outros tributos, R$ US$ 662,6 milhões.
Os números dão algum alívio ao governo de Mato Grosso do Sul, depois do solavanco sentido de abril a maio, quando a arrecadação tributária caiu em relação ao mês anterior. Nesse período, a receita mensal caiu de R$ 1,67 bilhão para R$ 1,54 bilhão.
ICMS
O desempenho do ICMS foi melhor no semestre em relação aos demais tributos. O crescimento da receita tributária na comparação entre os semestres foi de 3,61%. No primeiro semestre de 2023, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 7,916 bilhões do imposto, enquanto de janeiro a junho deste ano, o desempenho do imposto foi de arrecadação de R$ 8,201 bilhões.
O setor de serviços e a tributação sobre combustíveis e derivados de petróleo foram os impulsionadores da receita de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre deste ano.
Responsável por 41,04% da receita de ICMS de Mato Grosso do Sul, o setor de serviços proporcionou receitas de R$ 3,365 bilhões ao Estado. O setor de petróleo, combustíveis e lubrificantes gerou receitas de R$ 2,749 bilhões aos cofres do Estado.
A receita adicional desses dois setores neste ano ultrapassa R$ 300 milhões, que é a diferença aproximada do volume total de ICMS arrecadado quando comparados os primeiros semestres de 2023 e 2024.
O ICMS primário, cuja origem são matérias-primas, como o agronegócio, caiu de um ano para o outro. Na comparação entre os períodos, caiu de R$ 834,1 milhões para R$ 675,3 milhões. A seca e o baixo preço dos produtos agrícolas, segundo reportagem publicada pelo Correio do Estado neste mês, influenciaram esse resultado.
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