A Polícia Federal (PF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o afastamento do governador Cláudio Castro.
O pedido consta do relatório em que a corporação atribuiu supostos crimes de corrupção passiva e peculato ao agente na esteira das Operações Catarata e Sétimo Mandamento.
A PF indiciou o governador por suposto envolvimento em esquema de peculato milionário entre 2017 e 2020, quando ele era vereador e vice-governador (gestão Wilson Witzel).
O documento apresentado ao gabinete do ministro Raul Araújo, relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça, agora deve ser enviado à Procuradoria-Geral da República.
Cabe ao órgão avaliar as conclusões da PF e decidir se denuncia ou não Castro.
A PGR também deverá se pronunciar sobre o pedido de afastamento do governador.
A defesa do governador afirma que pedirá a anulação do relatório da PF e afirma que as informações que sustentam a investigação são “infundadas”.
Claudio Castro passou a ser alvo da investigação agora concluída pela PF em abril de 2023.
A investigação trata de supostos crimes envolvendo organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato que teriam durado entre o mandato de Castro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e sua posição como número 2 no governo Wilson Witzel.
A investigação, porém, começou quatro anos antes da inclusão formal de Castro – em 2019, com a abertura da Operação Catarata, que investigou desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na capital fluminense.
Em 2020, a Polícia abriu a segunda etapa da ofensiva que teve como alvo o ex-secretário de Educação do Rio Pedro Fernandes e a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB).
Quando foi aberta a segunda fase do Catarata, o Ministério Público do Rio informou que a 6ª Vara Criminal da Capital fluminense recebeu denúncia contra os alvos da investigação.
A matéria de 230 páginas continha relatos de Bruno Campo Selem, assessor do líder do núcleo administrativo do grupo investigado, que já citava Castro, então governador em exercício.
Como mostrou na época o Estadão, Salem afirmou que “Claudio Castro tinha o apelido de “gago”, recebia propina e ganhava vantagens políticas com o projeto municipal Qualimóvel”.
A denúncia de Catarata destacou que o então governador em exercício não estava entre os acusados, mas citou ligações entre os acusados e Castro.
O que levou o caso ao Superior Tribunal de Justiça foi a delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, que disse ter financiado a campanha de Castro ao cargo de vereador, tornando-se posteriormente seu assessor.
Ele diz que Castro recebia propina em contratos da prefeitura do Rio na época.
Ao se tornar vice-governador de Witzel, Castro passou a administrar a Fundação Leão XIII.
Segundo Silva, foi então que o atual presidente passou a integrar um esquema de corrupção em projetos de assistência social.
Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal abriu uma óbvia primeira fase da investigação após enviá-la ao STJ.
Na época, o irmão de Castro, Vinícius Sarciá Rocha, foi revistado.
Batizada de Sétimo Mandamento, a Operação quebrou o sigilo fiscal, bancário e de e-mail do governador do Rio.
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