Quando Rebeca Andrade se preparava para seu último salto, o Brasil ocupou o sexto lugar no ranking geral. Havia uma tensão no ar, um misto de complacência de que ficaríamos, mais uma vez, sem medalha na competição por equipes de ginástica artística com resquícios de esperança de que algo espetacular pudesse sair daquele salto.
Mas, nas arquibancadas, se havia alguém 100% confiante, era a pequena Manuella Pontes, de 10 anos. Já praticante do esporte, Manu havia chegado na capital francesa no dia anterior, acompanhada da mãe, Aretuza, e da avó, Sueli, só para assistir, de perto, à final olímpica do esporte que ela mais ama.
“Eu já tinha falado ‘filha, não dá, né? É muito longe, acho que vai ser difícil”, admite a mãe. “Foi a melhor experiência da minha vida até agora. Quando a Rebeca alcançou a nota máxima da competição, 15.100, foi uma emoção muito grande”, descreveu a criança, demonstrando que domina o assunto e está atenta a cada detalhe.
Na verdade, a Bercy Arena parecia dividida entre norte-americanos e brasileiros, que competiam gritando apoio aos seus respectivos times. De um lado, a maior de todos os tempos, Simone Biles, que realizou movimentos tão incríveis que até os brasileiros mais patriotas se renderam aos aplausos. O contrário foi verdade, com Rebeca Andrade deixando até a própria Biles sem palavras com sua atuação.
Quando uma imagem vale milhares, milhões de palavras.
MEDALHAS OLÍMPICAS!!!
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— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) 30 de julho de 2024
Mas, para Manu, nenhum deles brilha em seus olhos como um terceiro. Quando questionada sobre qual ginasta ela mais gostou, ela não hesita e diz “Flávia, com certeza”. A explicação é ainda mais surpreendente e, digamos, técnica:
“O principal aparelho dela é a trave e é um aparelho que treino muito e quero me sair melhor. Porque, se eu der o meu melhor na trave, posso conseguir uma pontuação alta e melhorar o time. É o que mais gosto, de todos os aparelhos”, explica a menina.
A mãe e a avó também estavam radiantes. Os três voltam ao Brasil na próxima sexta-feira (2) e este foi o único evento que puderam contemplar. “Sempre quis assistir a um evento como esse ao vivo. Ver as meninas e essa conquista foi algo fora do comum, nos sentimos um pouco perdidos, com vontade de voar alto”, conta Sueli Rodrigues que, aos 71 anos, vive sua primeira Olimpíada.
SENHORAS E SENHORES: A TERCEIRA MELHOR EQUIPE DO MUNDO!!!
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“Minha mãe queria muito conhecer o Museu do Louvre, a Manuella queria ver ginástica e eu adoro as Olimpíadas. Foi a forma de realizar seus sonhos ao mesmo tempo”, afirma a analista de sistemas Aretuza Pontes.
Ao sair da Arena Bercy, ainda tomada pela adrenalina do que acabara de vivenciar, Manuella realizou alguns movimentos de ginástica, colocando o pé na altura da cabeça. Autorizada pela mãe, essa repórter que lhe escreve pediu para gravar um vídeo da menina fazendo alguns movimentos, bem simples, enquanto estávamos na calçada. A surpresa foi grande quando, de repente, a pequena Manu se levantou e deu um salto mortal para trás (a famosa cambalhota).
O vídeo pode ser visto nas redes sociais da Folha de Pernambuco e, dependendo de Manu e sua família, esta não será a única façanha dela que o grande público poderá ver. Quem sabe daqui a alguns anos Manuella Pontes será um nome que brilha como Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorraine dos Santos e Júlia Soares brilharam hoje.
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