Envoltas na bandeira do Brasil, pulando e sem esconder o sorriso, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane dos Santos ficaram só sorrisos logo após confirmarem a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Paris 2024.
A medalha só foi confirmada após uma reviravolta na última rotação, no salto, superando Inglaterra, Canadá e China e subindo do sexto para o terceiro lugar. A comemoração veio com um mix de emoções das ginastas, com discursos emocionantes, choro, alívio e muita gritaria após a superação.
Responsável pela pontuação que garantiu o bronze, Rebeca confessou que estava pressionada e assustada pela necessidade de alcançar uma pontuação tão alta, a melhor no salto, superando os 14.900 da americana Simone Biles, por exemplo.
“Estava um pouco nervosa, cansada do solo. Mas é isso, sabe, confiança no nosso trabalho não tem o que discutir. Fui lá e sabia o que tinha que fazer”, comemorou. “Confiar na nossa equipe e no nosso trabalho faz toda a diferença. Foi daí que vieram 15,1 mil”, continuou ela.
Antes mesmo de começar a decisão da equipe, Flavinha sofreu uma queda feia nas barras assimétricas e bateu com o rosto no chão, sofrendo um corte na sobrancelha, que pode abalar as meninas. Com expressão fechada, contendo as lágrimas e a dor, o o mais baixo de todos os representantes do Brasil provou ser um gigante para motivar a todos.
“Quando eu vi, eu estava no chão, com o joelho na cara, e rolei para o lado para a Rebeca se aquecer. Fiquei pensando ‘onde estou?’. E o Chico disse ‘ele está sangrando’. Não entendi nada. Depois disso acordei e estava quentinha”, explicou Flavinha, que só quis comemorar a reviravolta na final.
A atleta de 1m45 saltou ao lado de Rebeca e Jade no aparelho que acabou sendo decisivo para o Brasil. Ela também voltou ao assimétrico e fez isso lindamente.
Foi o último bilhete, de Rebeca, porém, que garantiu a virada. Os 15.100 no salto valeram minutos de apreensão até que os ingleses não conseguiram responder na trave, para a sensação de alívio ceder.
Foto: Lionel Bonaventure/AFP
“É até difícil conversar neste momento. Trabalhamos muito, dia após dia. Poucas pessoas vão saber o quão difícil foi, a maioria aqui na equipe. Estamos felizes com o que conseguimos fazer hoje, muito aconteceram coisas durante a competição, mas treinamos tudo na academia”, comemorou a experiente Jade Barbosa, 33 anos, que finalmente chegou ao pódio olímpico após quase duas décadas de dedicação à seleção nacional.
“Treinamos para cada situação como essa, cada passo fez a diferença. Mas é isso que forma um time, é isso que forma uma família. Tenho orgulho do que construímos ao longo desse período e hoje colhemos o fruto de muitas gerações. Até é difícil acreditar que isso esteja acontecendo”, acrescentou Jade, que tem chorado muito após derrotas e nesta terça-feira até serviu de “mãe” para Lorrane.
A ginasta carioca, de 26 anos, começou a chorar após a final ao lembrar da irmã, Maria Luísa, uma de suas apoiadoras, que morreu repentinamente há alguns meses. Ganhar uma medalha foi a melhor forma de homenagear o nosso parceiro de todos os dias.
A ginasta também assumiu a responsabilidade de abrir a competição nacional e se mostrou focada. “É uma grande responsabilidade, uma pressão estar na primeira máquina, mas treinamos tudo o que tínhamos que treinar”, disse ela.
“Estou acostumado a abrir competições, mas confesso que hoje fiquei um pouco mais nervoso, mas confiante no que tinha que fazer. Lutei até o fim, não foi minha melhor série, mas lutamos até o fim “
Caçula da equipe, Júlia parecia querer se beliscar para saber se o que estava vivenciando era verdade, sob aplausos dos pais. “É difícil de acreditar. Como todo mundo falou, houve erros meus, erros do time, mas acontece, é a competição. É levantar a cabeça e conseguir terminar a série como fiz na trave, que é um aparelho muito difícil “, sublinhou.
“E no chão eu também estava muito cansado, mas dei 110%, dei o resto da minha energia para representar bem o meu país. E deu certo, agora estamos aqui com a medalha”.
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