O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, apesar de colocar a alta carga tributária e o baixo crescimento econômico como os principais fatores causadores da retração do setor nos últimos 30 anos, admitiu nesta terça-feira, 30 , que o setor também não conseguiu se acomodar ao tamanho do mercado interno e deixou de buscar mercados externos, como fez o agronegócio.
Ele ponderou sobre o fato de o Brasil ter uma economia fechada e a necessidade de se ter em mente que o fluxo comercial brasileiro era inferior a 10% do Produto Interno Bruto () há algumas décadas. “Era uma economia fechada, mas estava entrando no mercado mundial. Mas como o mercado interno era grande, a indústria brasileira, com algumas exceções, se acomodou”, disse o presidente da Fiesp.
Entre as exceções Josué citou a indústria alimentícia, que sempre foi grande exportadora e continua crescendo. “Mas a indústria como um todo se acomodou ao tamanho do mercado interno brasileiro, participando menos dos grandes mercados internacionais”, disse.
Alguns segmentos não se acomodaram e um grande exemplo, inclusive a ser seguido, segundo o presidente da Fiesp, é a Embraer (BVMF:). “É uma empresa que todos nós aplaudimos como brasileiros. É uma empresa que atua em um segmento altamente estratégico e de alta tecnologia que até para existir teve que ir para o mercado internacional. maior empresa de aviação do mundo Funcionou por vários motivos, mas também pela gestão muito eficiente de uma verdadeira corporação”, disse.
Mas a Embraer, segundo Josué, tem uma vantagem que é operar, mesmo em aeronaves vendidas no Brasil, em moeda estrangeira, sendo todos os seus componentes, exceto mão de obra, denominados em e as vendas também em dólar, já tem acesso a um menor custo de capital. “E foi fundamental para a Embraer, e temos que aplaudir isso, a existência de linhas internacionais Exim, que hoje é realizada pelo BNDES. Até porque no segmento de aviação o financiamento é de longo prazo. ser seguido Então faltava à indústria brasileira maior inserção no mercado internacional”, reconheceu Josué.
Mercosul-União Europeia
Porém, segundo o presidente da Fiesp, há tempo para a indústria recuperar espaço nos mercados internacionais. Não será para todos os segmentos, mas pelo menos há condições para esta recuperação. Nas suas palavras, talvez o fator mais preponderante tenha sido o fato de o país não ter trabalhado para grandes acordos internacionais.
Só agora, na avaliação do executivo, o governo avança com o acordo Mercosul-União Europeia. “Super importante! Espero que seja aprovado agora nos próximos meses, com Ursula von der Leyen como Comissária da União Europeia porque ela é a favor do acordo”, afirmou Josué, acrescentando que, apesar de colocar um ou outro obstáculo, a França irá não será um impedimento para que o acordo seja assinado e o Brasil tenha maior acesso a grandes mercados.
“O acordo Mercosul-União Europeia nunca foi unânime na casa, mas é uma forma do Brasil se expor à inserção internacional e estar exportando mais. Esse talvez tenha sido um dos maiores fracassos: a indústria não trabalhou nos acordos internacionais como poderíamos países como o México terem feito um número maior de acordos internacionais com grandes blocos do que o Brasil”, disse Josué durante café da manhã com jornalistas nesta terça-feira.
A questão, segundo o presidente da Fiesp, é que a indústria europeia é mais competitiva que a indústria nacional e isso leva alguns setores a resistirem ao acordo União Europeia-Mercosul. Outros acham que terão ganhos.
Mercosul
Sobre o Mercosul, Josué disse que ninguém é contra, mas que, de forma geral, a Argentina sempre se beneficiou do mercado brasileiro, mas muitas vezes impôs barreiras que não estavam previstas no acordo Argentina-Brasil. “A indústria brasileira não é contra o Mercosul, mas acha que as regras têm que estar alinhadas com o Acordo de Ouro Preto, que eles criaram porque se não for assim teremos algumas coisas que parecem assimétricas. É dificuldade e não há dificuldade de exportar para cá. As assimetrias tornam o acordo do Mercosul um pouco preocupante”, disse.
banco militar
emprestimo pessoal taxa de juros
simular empréstimo caixa
simulador empréstimos
contrato banco pan
emprestimo bpc loas representante legal