Por Letícia Fucuchima
SÃO PAULO (Reuters) – A Genial Energia, braço de energia do banco Genial Investimentos, espera encerrar este ano com três vezes mais clientes atendidos no mercado livre do que tinha em seu portfólio há dois anos, apostando em parcerias estratégicas para “furar “a bolha e expandir sua marca para além do Rio de Janeiro, disseram executivos da empresa à Reuters.
Um dos bancos com maior presença no setor elétrico, a Genial tem hoje uma comercializadora de energia elétrica já consolidada entre os grandes consumidores, no chamado mercado “atacadista”, e agora busca crescer no setor “varejo”, que abrange consumidores de menor porte que puderam contratar sua energia diretamente de um fornecedor em janeiro deste ano.
A expectativa da Genial Energia é encerrar o ano com 540 clientes, entre atacado e varejo, triplicando sua carteira em relação ao final de 2022, na esteira da abertura do ambiente de contratação livre (ACL) para pequenas e médias empresas.
Para os próximos anos, o objetivo é chegar aos mil clientes, apostando na vantagem competitiva do banco de disponibilizar uma “solução financeira completa”, proporcionando, além do desconto na conta de luz, o acesso a produtos como seguros, pensões planos, câmbio, crédito e outros.
“O que vendemos, concorrendo com as elétricas, vamos além da energia, proporcionamos um ecossistema financeiro para o cliente, esse é o nosso objetivo”, destacou Sergio Romani, líder de energia da Genial Investimentos.
O mercado livre de energia brasileiro registou um forte crescimento este ano, com as pequenas e médias empresas a correrem para aproveitar a janela de preços ainda relativamente baixos para contratar energia mais barata em comparação com o mercado cativo, junto das distribuidoras, destacou o executivo. Segundo cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a abertura do mercado para toda alta tensão tem potencial para atrair cerca de 70 mil novos consumidores para o ACL.
No caso da Genial, já são quase 200 clientes “varejo” em oito estados, como hotéis, postos de gasolina, supermercados, condomínios empresariais e residenciais e outros.
O plano de crescimento envolve também foco na expansão e fortalecimento da marca Genial para além do Rio de Janeiro, onde a instituição financeira é mais conhecida. Hoje o banco já possui clientes no mercado livre de energia em 14 estados, mas a ideia é conseguir uma cobertura ainda maior principalmente por meio de parcerias estratégicas.
“O produto é nacional… 80% do nosso portfólio, ou um pouco menos, ainda é de clientes do Rio de Janeiro… Aos poucos estamos querendo estourar a bolha e buscar clientes em outros cantos do Brasil, expandindo basicamente com localidades parceiras, além dos nossos escritórios”, destacou Thiago Torraca, líder da área de clientes da Genial Energy.
Eles destacam a importância da capilaridade empresarial, mas não a qualquer custo, já que a contratação de energia no ACL, por ser nova para a maioria das empresas, exige um processo de venda mais cuidadoso.
“Somos um pouco cautelosos nesse sentido… E muito cuidado com as nossas vendas, com os executivos, com quem está falando da nossa marca. Temos treinamentos com nossos parceiros locais para alinhar o discurso”, destacou Torraca.
“Não é um produto de fácil compreensão para um novo entrante, ele ainda sente um certo desconforto. O aspecto educativo é muito importante, não é uma venda automática”, acrescentou.
GERAÇÃO E NEGOCIAÇÃO SOLAR
Além dos negócios no mercado livre, a Genial Energy também investe em geração distribuída solar, segmento que tem sido responsável pela popularização da fonte renovável no Brasil. A instituição atua de forma verticalizada na área, possuindo fábricas próprias e atuando no front-end com o cliente final.
O negócio “GD” da Genial já totaliza 30 megawatts-pico (MWp) em projetos operacionais e outros 50 MWp em construção, que atenderão um total de 2,1 mil clientes, principalmente no Rio de Janeiro. A expectativa é concluir o atual plano de GD até o final de 2025, atingindo 100 MWp operacionais.
Na comercialização de energia, o grupo tem estudado novos produtos que possam fazer sentido na “venda cruzada” com o banco, e uma das possibilidades é lançar um fundo de investimento baseado na estratégia de comercialização. Mas a avaliação é que esse mercado ainda precisa crescer ainda mais e ganhar mais liquidez para que a iniciativa faça sentido.
“Ir ao mercado, captar recursos na ordem de algumas centenas de milhões (de reais), não faz sentido fazer isso hoje… Mas acreditamos que em breve, com essa abertura (do mercado) e essa ganho de escala, com outros bancos entrando em operação… Imaginamos que haverá mais fluxo e fará sentido colocá-lo”, disse Romani.
banco militar
emprestimo pessoal taxa de juros
simular empréstimo caixa
simulador empréstimos
contrato banco pan
emprestimo bpc loas representante legal