Por Marcela Ayres e Bernardo Caram
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Os líderes financeiros do G20 dirão na sexta-feira que há uma probabilidade crescente de uma “aterrissagem suave” para a economia global, mas alertarão que guerras e conflitos podem colocar essa perspectiva em risco, de acordo com o rascunho do final do ano. declaração conjunta vista pela Reuters.
O comunicado será divulgado no final da reunião de ministros das Finanças e banqueiros centrais do G20 das principais economias do Brasil, que aproveitou a sua presidência para se concentrar na redução das desigualdades económicas.
No mês passado, o Banco Mundial previu que a economia global evitaria um terceiro declínio consecutivo no crescimento desde um grande salto pós-pandemia em 2021, com a expansão de 2024 a estabilizar em 2,6%, em linha com 2023, mas alertou que a produção global permaneceria bem. abaixo dos níveis pré-pandemia até 2026.
“Estamos encorajados pela crescente probabilidade de uma aterragem suave para a economia global, embora subsistam vários desafios”, diz o projecto, que será formalmente adoptado ainda esta sexta-feira.
“Os riscos negativos incluem a escalada de guerras e conflitos”, diz a versão final.
Ao evitarem menções explícitas aos conflitos na Ucrânia e em Gaza, os diplomatas trabalharam para contornar as diferenças entre a Rússia e as principais nações ocidentais que tornaram impossível o consenso na reunião dos chefes financeiros em Fevereiro.
RECUPERAÇÃO DESIGUAL
Para amenizar o desacordo, o Brasil preparou uma declaração presidencial sobre questões geopolíticas, enfatizando que essas questões serão abordadas pelos líderes do G20 em novembro.
“A atividade económica provou ser mais resiliente do que o esperado em muitas partes do mundo, mas a recuperação tem sido altamente desigual entre os países, contribuindo para o risco de divergência económica”, afirma a versão final.
O documento destacou os riscos para as perspectivas económicas que permanecem globalmente equilibradas, com uma desinflação mais rápida do que o esperado e inovações tecnológicas, como o desenvolvimento seguro da Inteligência Artificial (IA), citadas entre os riscos ascendentes.
Mas, ao mesmo tempo, a tecnologia de IA também pode tornar-se um risco negativo para o crescimento, afirma o documento, juntamente com a fragmentação económica e a inflação persistente que mantêm as taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, fenómenos climáticos extremos e dívida excessiva.
As alterações climáticas e a perda significativa de biodiversidade foram os principais temas de preocupação no documento, que alertava que se as nações mais pobres tivessem de suportar uma parte maior dos custos do combate às alterações climáticas, isso só pioraria a desigualdade económica global.
“Reiteramos o entendimento de que o custo da inacção é maior do que o custo da acção”, diz o projecto de declaração.
O documento também intensificou a linguagem que apela à reforma do Fundo Monetário Internacional, citando a “urgência e importância do realinhamento das quotas para melhor reflectir as posições relativas dos membros na economia global”.
Um apelo à resistência ao proteccionismo, embora pouco alterado em relação ao resumo presidencial de Fevereiro do Brasil, foi deixado de lado como um parágrafo independente no projecto.
(Reportagem de Marcela Ayres, Bernardo Caram e Jan Strupczewski)
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