O governo federal arrecadou R$ 208,8 bilhões em junho, um aumento real de 11,02% em junho em relação ao mesmo mês de 2023. O desempenho volta a ser recorde para o período em toda a série histórica, iniciada em 1995.
O resultado positivo divulgado nesta quinta-feira (25) já havia sido antecipado em parte pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, na última segunda-feira (22), durante a divulgação do relatório de avaliação de receitas e despesas do 3º bimestre. .
“A arrecadação está indo muito bem, mas um pouco abaixo do necessário devido a algumas isenções e frustrações”, disse Barreirinhas na época.
O resultado mensal bateu recorde pelo 7º mês consecutivo. A coleção vem superando suas marcas desde dezembro de 2023.
No primeiro semestre de 2024, a receita federal totalizou R$ 1,3 trilhão, o que representa um aumento de 9,08% acima da inflação. O resultado também é um recorde.
Além disso, o aumento mostra ligeira aceleração em relação ao resultado acumulado nos meses anteriores, quando o aumento ficou em torno de 8%.
Em junho, a Receita Federal identificou uma receita extra de R$ 460 milhões proveniente da tributação de fundos exclusivos para os super-ricos.
Após a cobrança do Imposto de Renda sobre o estoque de rendimentos acumulados nos últimos anos, que rendeu ao governo R$ 12,3 bilhões só neste ano, a lei prevê as chamadas “come-quotas”, incidência semestral do imposto.
A tributação incide nos meses de maio e novembro, com cobrança efetiva em junho e dezembro, respectivamente. Com a arrecadação da primeira cota, a receita da medida atingiu R$ 12,7 bilhões em 2024.
A Receita também identificou a entrada de mais de R$ 110 milhões referente à tributação de recursos em paraísos fiscais (offshore). Com isso, a receita dessa medida totaliza R$ 7,4 bilhões no ano.
A redução nas compensações fiscais também ajuda o governo a reforçar o seu fluxo de caixa. A ferramenta permite que os contribuintes utilizem créditos fiscais para reduzir o valor dos impostos a pagar. Quanto maior o valor indenizado, menor tende a ser a receita federal.
No primeiro semestre de 2024, as remunerações totalizaram R$ 105,7 bilhões, queda nominal de 5,36% em relação ao valor observado no mesmo período do ano passado (R$ 111,6 bilhões).
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, disse que o resultado se deve principalmente à medida que restringiu a utilização de créditos judiciais em compensação aos grandes contribuintes.
Nessa categoria, o valor compensado caiu de R$ 42,8 bilhões no primeiro semestre de 2023 para R$ 22,8 bilhões neste ano, queda nominal de 46,6%.
Malaquias destacou, porém, que a medida impõe apenas uma restrição parcial. “Contribuintes que têm sentenças judiciais [favoráveis] eles também têm outros direitos de crédito. Isto leva a uma redução dos efeitos nas receitas”, explicou em conferência de imprensa.
Segundo dados da Receita, os contribuintes estão deduzindo valores maiores de créditos previdenciários, PIS/Cofins ou saldos negativos (quando a empresa apresenta prejuízo fiscal).
O técnico da Receita Federal afirmou que todas as indenizações estão sujeitas à verificação dos auditores fiscais. “Medir [que restringue o uso de créditos judiciais] está sendo efetivado, embora o efeito arrecadatório seja relativo em função de outros direitos creditórios utilizados pelos contribuintes”, avaliou.
Apesar do aumento da receita federal, o desempenho da receita está abaixo do previsto no Orçamento.
A calamidade no Rio Grande do Sul teve impacto negativo de R$ 3,7 bilhões apenas no mês de junho. No acumulado do ano, a Receita Federal estima um prejuízo de R$ 8 bilhões.
Além disso, houve outras frustrações na arrecadação de fundos. Principal medida para 2024, a negociação especial para os contribuintes derrotada no desempate nos julgamentos do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) ainda não gerou receita. O próprio Executivo recalculou seu potencial de receita para o ano, de R$ 55,6 bilhões para R$ 37,7 bilhões.
O governo também observou maior impacto da desoneração da folha de pagamento, devido à inclusão de municípios com até 156,2 mil habitantes. Anteriormente, a medida atingia apenas empresas de 17 setores, mas o Congresso Nacional estendeu o benefício de forma ampliada.
No primeiro semestre, o impacto da desoneração da folha de pagamento foi de R$ 9,1 bilhões, segundo a Receita Federal. O valor foi de R$ 4,66 bilhões no mesmo período de 2023. O governo ainda discute com o Legislativo possíveis medidas para compensar a perda de arrecadação.
Um dos grupos beneficiados pela isenção é o da comunicação, que inclui o Grupo Folha, empresa que publica a Folha. Também estão abrangidos calçado, call center, vestuário e construção, entre outros.
Diante de receitas frustradas, a equipe econômica revisou sua estimativa de déficit para este ano e precisou fazer um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões em despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal. A medida foi anunciada na última segunda-feira (22).
A nova estimativa do déficit é de R$ 28,8 bilhões, exatamente o limite permitido pela margem de tolerância da meta, cuja meta central é zero.
*Informações da Folhapress
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