Mesmo tendo afirmado que não desistiria da corrida eleitoral para prefeito de São Paulo nesta terça-feira (23), José Luiz Datena (PSDB) tem uma trajetória política marcada por idas e vindas, sem ter feito campanha para o terminar de qualquer maneira. eleição e flertes com quadros de diferentes ideologias e siglas.
No total, o jornalista teve quatro desistências, duas por disputar uma vaga no Senado e outras duas por tentar se eleger prefeito e vice-prefeito da capital paulista, quando tinha melhores números nas pesquisas.
Datena saiu das disputas municipais e estaduais entre 2016 e 2022 sob diversas acusações, que vão desde supostas denúncias de corrupção no partido do qual era filiado até solicitações da TV Bandeirantes, onde o apresentador comanda o programa Brasil Urgente. Ele sempre usou a televisão para comunicar que iria “tirar o time de campo”.
Histórico de retiradas:
2016
Na época, filiado ao PP, Datena desistiu da disputa para prefeito de São Paulo. A informação foi dada por ele durante o programa da Rádio Bradesco Esportes FM no dia 18 de janeiro de 2016, meses depois de ter sido anunciada pela sigla.
“Oficialmente – já estou avisando – estou oficialmente fora. Não sou mais candidato a prefeito de São Paulo. Fui pré-candidato ao PP, não sou mais. Peço que retirem meu nome das urnas porque não sou mais candidato a nada”, disse.
2018
Pré-candidato ao Senado pelo Partido Democrata, o comunicador aproveitou seu programa de TV para anunciar ao vivo que não concorreria mais, no dia 9 de julho de 2018, uma semana após o término do prazo estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .
“Achei que não era o momento de participar desta política como ela está”, disse Datena.
2020
Listado como candidato a vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (PSDB), que disputou e conquistou a reeleição, desta vez no MDB, Datena também esticou a corda até o prazo estipulado pelo TSE, e usou seu programa, no dia 11 de agosto, para dizer que se afastaria a pedido da emissora.
2022
Na última eleição, Datena esteve no PSC, onde disputaria uma vaga no Senado, mas desistiu no dia 30 de junho, prazo final para aparecer em programas de TV.
“A política não é o meu espaço natural. É-me possível lutar pelo bem comum em muitas arenas que aí existem. Estarei sempre com meu público”, comentou na ocasião.
E agora, você vai?
Datena alimentou rumores de outra retirada no início desta semana. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira, ele se comparou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desistiu de concorrer à reeleição neste fim de semana, e afirmou que foi “baleado” por dentro o partido por apoiadores que preferiram apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Porém, um dia depois explicou, numa conversa no Flow Podcast, que citou o ex-candidato democrata como exemplo para ilustrar que, sem o apoio do partido, seria difícil avançar.
Apesar de garantir ter a confiança do executivo nacional e presidente do partido Marconi Perillo, Datena voltou a comentar as críticas que tem recebido dentro do PSDB em meio a articulações contra sua candidatura.
“Na maioria dos casos é a política que não me quer, não sou eu que não quero a política. Então eu disse, preciso do apoio do partido”, declarou esta terça-feira.
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