Empresa de eVtols da Boeing espera iniciar operações “no final da década” Por Reuters

Por Abhijith Ganapavaram

FARNBOROUGH, Inglaterra (Reuters) – Wisk Aero, subsidiária da Boeing (NYSE:), espera que seu táxi aéreo sem piloto comece a transportar passageiros “até o final da década”, enquanto trabalha com o regulador dos EUA para garantir aprovações para o serviço, disse o presidente executivo esta segunda-feira, em meio ao ceticismo dos analistas sobre os prazos de certificação.

A Wisk é um dos vários fabricantes de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVtol) que surgiram nos últimos anos com a promessa de oferecer um meio de transporte ecologicamente correto em cidades congestionadas.

Mas o setor enfrenta obstáculos tecnológicos, como fabricar baterias suficientemente potentes para que as empresas façam mais viagens com uma única carga. As empresas também precisam de convencer os reguladores e o público de que as aeronaves são seguras, uma barreira que é maior quando o veículo é autónomo.

Wisk está desenvolvendo uma aeronave autônoma de quatro lugares que terá alcance de 145 quilômetros.

“Atualmente estamos testando e produzindo os elementos desta aeronave que esperamos voar no final deste ano”, disse o presidente-executivo da Wisk, Brian Yutko, a repórteres no Farnborough Air Show, na Inglaterra.

A estratégia da Wisk é diferente de outros grandes fabricantes de táxis aéreos, que estão desenvolvendo modelos que exigirão um piloto para pilotar a aeronave. A empresa disse que seus operadores de aeronaves economizarão nos custos dos pilotos.

A fabricante de aviões elétricos Eve EVEX.N, da Embraer (BVMF :). apresentou no início do mês, pela primeira vez, o protótipo em escala real do seu “táxi voador”, atingindo um marco, já que a empresa pretende que o modelo obtenha a certificação e entre em serviço em 2026.

Especialistas da indústria da Bain dizem que o voo de passageiros totalmente autônomo não é esperado antes do final da década de 2030 e que as aeronaves sem piloto enfrentarão a concorrência de veículos autônomos nas estradas.

“Maximizar a ocupação dos passageiros e evitar viagens de volta com aeronaves vazias será crucial para a lucratividade da operadora”, disse Mattia Celli, um dos autores do relatório da Bain.

A Wisk, com sede em Mountain View, Califórnia, era anteriormente uma joint venture entre a Boeing e a Kitty Hawk Corp. No ano passado, tornou-se uma subsidiária integral da fabricante de aeronaves norte-americana.