A equipe econômica oficializou, nesta segunda-feira (22), o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. A suspensão dos valores consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, enviado esta tarde ao Congresso Nacional.
O congelamento foi necessário para cumprir o novo quadro fiscal. As regras aprovadas no ano passado estabelecem que os gastos do governo podem crescer até 70% (em valores acima da inflação) do crescimento das receitas acima da inflação do ano anterior. O arcabouço fiscal também estabelece meta de resultado primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país).
Na última quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o anúncio do congelamento, em meio à alta do dólar às vésperas da reportagem. Dos R$ 15 bilhões a serem suspensos, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados; e R$ 3,8 bilhões, contingentes.
Tanto a contingência como o bloqueio representam cortes temporários nas despesas. O novo quadro fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem acima do limite de 70% de crescimento da receita acima da inflação. A contingência ocorre quando há falta de arrecadação que comprometa o alcance da meta de resultado primário (resultado das contas governamentais sem juros da dívida pública).
Teto de gastos
No caso do bloqueio, o marco fiscal estabelece limite de gastos de até R$ 2,105 trilhões este ano. As despesas primárias, porém, foram estimadas em R$ 2,116 bilhões, devido ao aumento dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com aumento de R$ 6,4 bilhões, e R$ 4,9 bilhões a mais com a Previdência Social, por causa de valores superiores a benefícios esperados. Para evitar que o teto de gastos fosse ultrapassado, a equipe econômica bloqueou R$ 11,2 bilhões.
Déficit primário
Devido à queda de R$ 13,2 bilhões na receita líquida e ao aumento de R$ 20,7 bilhões na previsão de gastos totais, o governo reservou R$ 3,8 bilhões, necessários para atingir o limite inferior da meta fiscal, que prevê um déficit primário de R$ US$ 28,8 bilhões. Sem utilizar a margem de 0,25% do PIB na faixa de tolerância, o governo teria que reservar R$ 32,6 bilhões.
A distribuição dos cortes pelos ministérios só será anunciada no dia 30, quando for publicado um decreto presidencial com limites de gastos por departamento. De acordo com a legislação, os detalhes do congelamento devem ser publicados em até oito dias após o envio do relatório ao Congresso.
Histórico
Em março, o governo havia bloqueado R$ 2,9 bilhões em gastos discricionários (não obrigatórios) do Orçamento. O bloqueio foi necessário para garantir o cumprimento do limite de gastos do quadro fiscal.
Com a aprovação da lei que retomou a cobrança do Seguro Obrigatório de Proteção às Vítimas de Acidentes de Trânsito (Dpvat), o governo havia liberado os R$ 2,9 bilhões em maio. Isso ocorreu porque a lei continha um “jabuti” que liberou R$ 15,8 bilhões do teto de gastos. A liberação do dinheiro estava prevista no quadro fiscal, caso a arrecadação crescesse acima do esperado.
consultar contrato de emprestimo bradesco
simulador de empréstimo itau
emprestimo whatsapp
dinheiro urgente agora
idade máxima para empréstimo consignado
consignação debito com inss
limite para emprestimo consignado
emprestimo empresa privada