A segunda fase do acordo firmado entre a Petrobras e a empresa Yara Brasil S.A (Yara) para estruturar uma possível parceria comercial no segmento de fertilizantes, também pode representar mais um capítulo positivo para a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) em Três Lagoas. A assinatura do acordo master (contrato de prestação de serviços) foi realizada no início do mês e segue em linha com o Memorando de Entendimento (MOU) assinado pelas partes no dia 29 de fevereiro.
Além dos fertilizantes, a parceria visa promover a produção de produtos industriais e também trabalhar para a descarbonização da produção. Segundo a estatal, o acordo está de acordo com as diretrizes estratégicas revisadas pela empresa e já aprovadas em 2023, quando a produção de fertilizantes voltou a ser incluída no portfólio da Petrobras conforme o Plano Estratégico 2024-2028.
Para o Correio EstadualO secretário de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck esclareceu que devido à sua estrutura a Petrobras não pode vender uréia, por isso há necessidade de ter um parceiro.
“Ela precisava de um parceiro de negócios significativo. Então a ideia agora é fazer isso com essa assinatura com a Yara Fertilizantes”.
Para Mato Grosso do Sul, Verruck destacou que apesar de não ter caráter vinculante, a nova parceria cria uma situação extremamente positiva, considerando sua contribuição para a continuidade das ações para a conclusão e ativação da UFN3.
“Ideia da Petrobras na época [do início da construção da planta] é que ele poderia entregar a conclusão da obra para um terceiro, ele investiria e participaria da operação, como já fazem com a Unigel”.
A Yara Brasil é uma empresa controlada pela holding norueguesa Yara International ASA (“Yara Internacional”), cujo maior acionista é o governo norueguês, detendo aproximadamente 36% de participação direta na empresa, e 7% de participação indireta, através da Fundo de Pensões do Governo Norueguês.
Fundada na Noruega em 1905, está presente em vários países do mundo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países. No Brasil, a Yara está posicionada em todos os principais pólos agrícolas. Com mais de 5 mil colaboradores, a empresa atende todos os perfis de produtores e culturas.
A previsão para a próxima fase é que Petrobras e Yara finalizem em conjunto a análise de potenciais sinergias entre suas operações.
INDEFINIÇÃO
Durante visita à UFN3, no final de abril, o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, discutiu a possibilidade de retomada das obras na usina, mas sem confirmar detalhes específicos. A visita, aguardada desde o ano passado, gerou expectativas de anúncio de novo cronograma, alocação de recursos e conclusão do complexo industrial.
Porém, conforme publicou o Correio do Estado no dia 27 de abril, o presidente enfatizou que o evento não foi uma reabertura, mas sim o início do processo de aprovação do projeto. Destacou que, paralelamente à visita técnica, já estava em curso uma avaliação abrangente do projecto em termos técnicos, económicos e ambientais.
“Estamos realizando uma vistoria para entender melhor o estado atual da planta, pois é fundamental ter esse conhecimento antes de tomar decisões operacionais”, disse Prates em comunicado à imprensa durante o evento.
Ele também mencionou que a Petrobras definiria suas próximas ações após avaliar as opções econômicas e a viabilidade de retomada das obras. “A partir disso poderemos anunciar a retomada das obras, a adoção de tecnologias digitais, a busca de parceiros e parceiras; todos esses aspectos ainda estão sendo definidos”, afirmou.
Prates destacou ainda que, embora não houvesse um prazo exato definido, a expectativa era que o acionamento da unidade de fertilizantes ocorresse entre 2025 e 2026. “A visita não representa um anúncio de reabertura ou um marco inicial, mas sim o reinício do processo de revitalização e reavaliação do projeto UFN3. Esta é a essência da nossa visita aqui hoje”, enfatizou.
Ele também destacou a importância estratégica da conclusão do investimento para o Brasil, destacando o interesse da Petrobras em fortalecer a sinergia com o agronegócio, reduzindo a dependência do país de fertilizantes importados e estimulando o mercado de trabalho e a geração de renda.
No dia 15 de maio foi anunciada a mudança de presidente da Petrobras. A engenheira Magda Chambriard foi nomeada pelo governo Lula logo após a destituição de Jean Paul Prates.
Em reunião com o ministro de Minas e Energia, Magda Chambriard prometeu que tiraria do papel os investimentos, que incluem a UFN3. No Palácio do Planalto, o entendimento é que os investimentos da Petrobras em infraestrutura caminharam lentamente durante a gestão de Prates.
HISTÓRICO
A construção da UFN3 começou em 2011, mas foi interrompida em 2014 devido a denúncias de corrupção envolvendo integrantes do consórcio. Na época, a planta industrial estava aproximadamente 81% concluída.
Em 2018, teve início o processo de venda da fábrica, que também incluía a Araucária Nitrogenados (Ansa), localizada em Curitiba (PR). A tentativa de venda conjunta inviabilizou o negócio.
No ano seguinte, a gigante russa de fertilizantes Acron concordou em adquirir a unidade, mas o negócio não se concretizou devido à crise política na Bolívia, que resultou na queda do então presidente Evo Morales.
Em fevereiro de 2020, a Petrobras lançou uma nova oportunidade de venda da unidade. As negociações foram retomadas no início do ano seguinte com o mesmo grupo russo. No dia 28 de abril de 2022, a Petrobras anunciou em comunicado ao mercado que a venda da fábrica ao grupo Acron não havia sido concluída.
Ainda em 2022, a Petrobras relançou a venda da fábrica ao mercado em junho. No dia 24 de janeiro do ano seguinte, a estatal encerrou o processo de venda da indústria.
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil