O relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas federais, que será divulgado na próxima segunda-feira, deve apontar que o governo decidiu limitar as despesas depois que o déficit público estimado para 2024 subiu para R$ 32,6 bilhões. Até maio, o governo previa um déficit de R$ 14,5 bilhões neste ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com o presidente Lula, anunciou hoje o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento. No entanto, ele não antecipou a nova previsão de déficit para as contas federais.
Com o congelamento, o déficit estimado em 2024 será reduzido para R$ 28,8 bilhões, nas contas do governo federal. O valor está dentro do limite da margem prevista no quadro fiscal, mesmo que este ano a meta seja um défice zero (ou seja, receitas iguais às despesas).
A regra para as contas públicas diz que o resultado pode variar em 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Com os dados atuais do PIB, isso significa que o déficit poderá subir para R$ 28,8 bilhões.
Até maio, o governo previa um déficit de R$ 14,5 bilhões. Esse valor subiu para R$ 32,6 bilhões porque o Tesouro decidiu incorporar nas projeções o que considera frustração de arrecadação devido à desoneração tributária da folha de pagamento para empresas que mais empregam no país e pequenos municípios. A Receita Federal, porém, não incorporou o projeto em negociação no Senado para compensar esses valores.
Devido ao número de R$ 32,6 bilhões, o governo decidiu contingenciar R$ 3,8 bilhões —para evitar ultrapassar a meta. Também bloqueou R$ 11,2 bilhões devido a estimativas de gastos que ultrapassam o limite do marco fiscal.
Existe uma diferença técnica entre “bloqueio” e “contingência”. A primeira ocorre quando há aumento de despesas obrigatórias, como a Previdenciária, e é necessário controlar as despesas não obrigatórias —isso é necessário para evitar ultrapassar o limite de gastos previsto no marco fiscal.
A contingência ocorre quando há frustração de receitas e é necessário conter os gastos para cumprir a meta fiscal. Este ano, a meta é o déficit zero.
Haverá também relatórios bimestrais do Tesouro em setembro e novembro. E, até lá, a tendência é que a projeção do déficit melhore. Isso poderia levar o governo a liberar os recursos.
Caso o governo apresente um resultado pior que o limite da meta, há uma série de medidas de contenção de despesas que precisam ser implementadas para o ano seguinte (ou seja, 2025).
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