Masterchef: Henrique Fogaça comemora 10 anos como jurado da atração

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Com a cabeça raspada, o corpo tatuado e a voz grave, a figura do chef Henrique Fogaça acaba camuflando um jeito descontraído e emotivo.

E se há um assunto que deixa Fogaça visivelmente mais emocionado é a atual temporada do “Masterchef Brasil”, que comemora de forma especial os 10 anos do show de talentos culinários.

“Muito além da gastronomia, é um programa que muda vidas. O que mais me deixa feliz é saber o quanto o ‘Masterchef Brasil’ inspira as pessoas. Essa proximidade com o público é o segredo do sucesso e da longevidade”, afirma o jurado, presente na produção desde a primeira temporada.

Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, Fogaça já era um chef consagrado na capital paulista quando ingressou na TV. Agora envolvido com os restaurantes Jamile e Sal Gastronomia, demorou para se acostumar com a visibilidade de estar diante das câmeras.

“No início me senti um pouco sufocado”, admite. No início de 2023, o juiz deixou temporariamente os estúdios para cuidar da vida pessoal. O tempo longe dos holofotes mostrou que a televisão hoje é uma parte importante de sua carreira.

“Foi muito bom tirar uma folga e sentir o carinho das pessoas por mim. Eles sentiram minha falta e eu também senti falta do programa. Voltei no tempo de comemorar esses 10 anos e estou feliz com isso”, destaca.

A atual temporada comemora uma década da estreia do “Masterchef Brasil” na Band. Você esperava essa longevidade do programa?

O projeto sempre foi muito sério e bem desenhado pela emissora. Então, na metade da primeira temporada, já sentíamos que o programa havia conseguido se conectar com o grande público. Claro que a gastronomia é o prato principal da produção, mas acho que é a emoção que acaba por conquistar o espectador.

Como você avalia sua trajetória dentro da produção?

Me sinto muito honrado em fazer parte dessa história. Dez anos é uma marca muito forte na TV. A construção dessa relação se reflete nas ruas e no contato com o público nas redes sociais. É tão lindo ver o programa inspirando as pessoas.

Em que sentido?

É um programa que muda vidas. Muitas pessoas mudaram de profissão ao ver que a gastronomia era um caminho possível. Alguns se inscreveram para participar do programa, outros não. Mas recebo diversas mensagens sobre a produção ser um incentivo para as pessoas seguirem seus sonhos. Sempre me emociono falando sobre isso.

Alguma história tocou você de maneira especial?

Sim. E nem tem a ver com a questão profissional. Há algum tempo, um cara me procurou e disse que gostou muito do programa e que ele e a família acabaram adquirindo o hábito de se reunir toda terça-feira para assistir aos episódios.

Fazia três anos que não falava com o pai e, por causa desses encontros, voltou a ter um bom relacionamento com ele. Então, além da gastronomia, sinto a responsabilidade emocional deste trabalho.

Com o passar dos anos, você acabou criando a reputação de ser o jurado mais fervoroso do “Masterchef Brasil”. Foi um movimento calculado?

É apenas o meu jeito. Quem me conhece sabe que sou assertivo, mas calmo. Não acredito que intimide os concorrentes.

Faço críticas, sejam elas negativas ou construtivas. Se o participante for capaz de aceitá-los positivamente, poderá passar pelas etapas do programa sem problemas.