O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 18, que o grupo político de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem sido alvo de “perseguição”. Em evento de pré-campanha na Tijuca, zona norte do Rio, ao lado de Bolsonaro e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato a prefeito do Rio, Flávio disse que “não adianta atirar pedras, atirar, esfaquear” e que o “resgate do Brasil em 2026” comece nas eleições municipais deste ano.
“Não tem outro caminho senão pela política. Temos que ocupar todos os espaços. O resgate do Brasil em 2026 começa agora, em 2024, pela nossa cidade. Não adianta atirar pedras, atirar, esfaquear, porque Deus é quem nos protege”, afirmou o senador.
A declaração e reafirmação de apoio a Ramagem ocorre três dias após o conteúdo de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e Ramagem discutiram estratégias para anular o inquérito que investigou o prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio.
Na terça-feira, 16, Flávio disse que minimizou o caso. Segundo o senador, a conversa expôs “um grupo que agia com interesses políticos” na investigação. “O áudio mostra apenas meus advogados comunicando suas suspeitas de que um grupo atuava com interesses políticos dentro da Receita Federal, com o objetivo de prejudicar a mim e minha família”, disse Flávio em vídeo publicado nas redes sociais.
“A montanha deu à luz um rato”, disse Flávio sobre a quebra de sigilo do áudio. A expressão remonta a uma fábula do escritor grego Esopo e é uma metáfora para uma grande expectativa que não resulta no efeito esperado.
A quebra do sigilo foi ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A peça faz parte dos arquivos que subsidiaram os mandados de busca e apreensão da Operação Last Mile, da Polícia Federal (PF), que investiga o suposto uso da Abin para monitorar pessoas consideradas opositoras de Bolsonaro e atuar em prol de interesses políticos e pessoais do primeiro. interesses. presidente e seus filhos.
Além de minimizar as denúncias, Flávio atacou a PF, o Ministério Público Federal e o governo federal. Segundo o senador, “eles podem virar a vida de cabeça para baixo e não encontrarão nada”. Flávio acusa a PF de abuso de autoridade e o MP de perseguição.
“Estamos aqui dando uma demonstração de força, de coragem, de deixar mais uma vez a prova de que não vão nos calar com perseguições. Eles podem virar a nossa vida de cabeça para baixo e não vamos encontrar nada, como eles não encontraram até hoje, exceto narrativa Esse grupo especial do Lula, um pequeno grupo especial do Lula que existe na Polícia Federal, um dia vai ficar no banco dos réus e responder por abuso de autoridade”, afirmou.
E acrescentou: “Estavam falando do Moro. O que o Alexandre de Moraes faz hoje é muito pior. Estavam falando do Deltan Dallagnol. Que o Ministério Público se recupere, restabeleça a democracia neste país, não promova perseguições, não seja chefe de ninguém, não persiga adversários do atual governo”.
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