Ministros que participaram da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir detalhes do bloqueio no Orçamento de 2024 falam à imprensa nesta quinta-feira.
A reunião da Diretoria de Execução Orçamentária com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta quinta-feira, discutiu os detalhes do 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado oficialmente na segunda-feira.
O JEO é formado pelos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e da Administração, Esther Dweck.
JEO discutiu bloqueio e contingência no Orçamento.
Enquanto em confinamento o governo pode escolher quais programas serão afetados pelos cortes, em contingência a redução é linear. Ambas poderão ser revertidas no próximo relatório se as estimativas da equipa económica melhorarem.
Se confirmado, o valor não deverá surpreender o mercado financeiro, que viu um corte de R$ 10 bilhões como piso necessário para garantir a credibilidade do quadro fiscal diante das crescentes dúvidas sobre o comprometimento do governo com a meta.
A maioria dos analistas, porém, considera que é necessário um valor maior para realmente enfrentar o aumento inesperado das despesas e a decepção com a receita nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e da transação tributária.
No caso do banco inglês Barclays, o economista-chefe para o Brasil, Roberto Secemski, avalia que o ajuste deverá ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões, entre contingenciamento e bloqueio, embora abaixo dos cerca de R$ 30 bilhões necessários para preservar os gastos regra e o alvo principal.
“Quanto maior o valor congelado no dia 22 de julho, melhor será para a credibilidade da meta zero nesta conjuntura, pois a medida mostraria o compromisso do governo Lula com as metas orçamentárias fiscais, mesmo que isso exija sacrifícios políticos para reduzir discricionariedade gastos. .”
O Itaú Unibanco chegou a “alertar” que cortes muito pequenos poderiam desencadear uma reação negativa nos ativos financeiros. No início do mês, o dólar chegou a R$ 5,70 em meio a repetidas entrevistas com Lula em que o chefe do Planalto questionou a necessidade de corte de despesas.
O Itaú revisou suas projeções para indicadores econômicos com base em um “bloqueio significativo” de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em despesas no relatório da próxima segunda-feira.
“Uma possível frustração nessa frente causaria danos significativos à credibilidade do quadro fiscal e da política econômica em geral, com impactos potencialmente significativos nos preços dos ativos, talvez semelhantes aos observados nas últimas semanas”, disse o Itaú Unibanco, em relatório.
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