Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – Esta quinta-feira foi marcada pela segunda sessão consecutiva de forte alta no Brasil, de 10 centavos de real, com preços impactados pelo temor de que o governo Lula não cumpra a meta fiscal e pelo avanço constante da moeda Norte-americana também no exterior, num dia de pressão para os países emergentes.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5887 reais na venda, alta de 1,89%. Em dois dias a moeda saltou 2,94%, ou o equivalente a 16 centavos de real.
Às 17h07, na B3 (BVMF), o contrato de primeiro vencimento subia 1,77%, a 5,5955 reais na venda.
O mercado cambial brasileiro mais uma vez recebeu um duplo estímulo para a alta do dólar.
Em primeiro lugar, a moeda dos EUA também teve fortes ganhos em relação a outras moedas emergentes e exportadoras no exterior, com o real, o peso colombiano e o peso colombiano liderando a lista das maiores perdas globais.
Em segundo lugar, os investidores permaneceram cautelosos à medida que se aproxima o dia 22 de Julho, altura em que o governo apresentará o seu Relatório Bimestral de Receitas e Despesas com uma definição de quanta contingência terá de ser feita no Orçamento para cumprir a meta deste ano de resultado primário zero.
Profissionais ouvidos pela Reuters apontaram que o mercado teme que o governo anuncie uma contingência abaixo do necessário para cumprir o quadro fiscal – valor estimado por especialistas em pelo menos 10 bilhões de reais, com alguns cálculos apontando para ajustes maiores.
Além do contingenciamento, o mercado aguarda detalhes sobre como ocorrerão os cortes de 25,9 bilhões de reais em despesas no Orçamento para 2025, anunciados pelo governo há algumas semanas. Como parte desses cortes já podem afetar as contas de 2024, alguns detalhes poderão aparecer no dia 22.
“A alta do dólar frente ao real se deve um pouco ao que vemos lá fora e muito ao que vemos aqui”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, durante a tarde.
“A preocupação de que o governo não se contenha nos gastos faz com que o mercado empurre o dólar antes do dia 22. Então, dependendo do que for anunciado (no dia 22), o dólar poderá voltar (os ganhos dos últimos dias) ou subir ainda mais”, completou.
A Diretoria de Execução Orçamentária, que inclui Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, iniciou sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por volta das 16h15. No mercado, não poderia ser descartada a possibilidade de algo concreto ser anunciado após as discussões, que visam justamente a publicação do relatório e do contingenciamento no dia 22.
Sem novidades concretas por enquanto, as declarações mais recentes de Lula sobre questões fiscais ainda repercutiam nas mesas, na terça-feira, quando afirmou que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se tiver coisas mais importantes para fazer”.
Nesse cenário, o dólar à vista subiu de forma relativamente contínua ao longo do dia, passando da mínima de 5,4803 reais (-0,09%) às 9h01, logo após a abertura, para a máxima de 5,5903 reais (+1,92%) às 4h. :56h, pouco antes de fechar.
No final da tarde, o dólar subiu de forma generalizada no exterior, com o real e suas moedas congêneres sendo as mais pressionadas.
Às 17h25, a moeda – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – subia 0,49%, a 104,180.
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