O ex-diretor-geral da Abin, delegado da Policia Federal Alexandre Ramagemtestemunhou por mais de seis horas em Policia Federal no Rio nesta quarta-feira, 17, e atribuiu a dois ex-assessores a responsabilidade pelas atividades da Abin Paralela – acompanhamento de ministros do STF, políticos e jornalistas no governo Bolsonaro.
Ao tentar se esquivar da responsabilidade pela estrutura clandestina, Ramagem citou os nomes do policial federal Marcelo Araújo Bormevet e do sargento do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues – ambos presos desde quinta-feira, 13, na Operação Last Mile.
Ramagem foi bombardeada com perguntas – mais de 100. Um dos temas da audiência foi o áudio divulgado nesta segunda-feira, 15, em que o atual deputado federal e pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro orienta a defesa de Flávio Bolsonaro sobre o melhor forma de questionar a conduta dos auditores fiscais responsáveis pelo relatório de inteligência que colocou Flávio na mira dos investigadores.
A afirmação vai ao encontro da representação de 187 páginas da PF para a abertura da quarta fase da Última Milha. No documento, os investigadores afirmam que Ramagem teria ordenado o monitoramento dos três auditores fiscais autores do RIF.
A ação clandestina era “urgente” e foi determinada “seguindo o modus operandi da organização criminosa para descobrir ‘relações podres e políticas’ dos auditores”, segundo a PF. A retirada ilegal deveria ser “jogada em uma palavra só”, o que, segundo os investigadores, revela o caráter não oficial da ação.
A PF encontrou diálogos em que o agente da Polícia Federal Marcelo Araújo Bormevet e o soldado Giancarlo Gomes Rodrigues – integrantes do Centro Nacional de Inteligência (CIN) da Abin e auxiliares de Ramagem – tratavam de pesquisas envolvendo auditores da Receita. Segundo a PF, as investigações foram realizadas em novembro de 2020. As conclusões foram repassadas à Ramagem em dezembro daquele ano.
O caso foi investigado em inquérito. A PF disse que Ramagem “parece ter faltado a verdade em seu depoimento como testemunha porque não considerou a diligência de encontrar relações podres e políticas com a criação de dossiês sobre funcionários da Receita Federal”.
Na ocasião, Ramagem foi questionado se tinha conhecimento da produção de um documento por Bormevet para atender a um possível pedido dos advogados de Flávio. filial respondeu:
“Que não há possibilidade de o servidor Marcelo Bormevet ter elaborado qualquer documento para o senador Flávio Bolsonaro ou para os advogados. Que suas atribuições também estão relacionadas à coordenação de pesquisas para nomeações e ao apoio à produção de conhecimento para os setores da Abin, quando réu .”
No mesmo inquérito, Bormevet alegou que “nem o diretor-geral da Abin, nem qualquer outra pessoa exigiu isso do depoente e que o depoente não realizou qualquer pesquisa nesse sentido, nem preparou qualquer documento ou relatório para auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro ou de qualquer outro parlamentar ou agente público”.
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