Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda subiu em relação ao real nesta quinta-feira, oscilando em torno de 1%, com os investidores retomando posições defensivas no Brasil em meio ao aumento das preocupações do mercado com o ajuste das contas públicas brasileiras.
Às 10h14, o dólar à vista subia 0,98%, a 5,5387 reais na venda. Na B3 (BVMF), o contrato de primeiro vencimento avançava 0,89%, a 5,547 reais na venda.
Esta semana, a moeda norte-americana acumulou ganhos em relação ao real após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira em que questionou o cumprimento do quadro fiscal se havia “coisas mais importantes a fazer”.
As falas do presidente em entrevista à TV Record reacenderam os temores do mercado sobre o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal, dias antes da divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre, no qual o Executivo precisará indicar como pretende cumprir a meta de défice zero este ano.
Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia a 5,4850 reais na venda, alta de 1,03%.
Mais cedo, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que Lula determinou que o governo não gaste mais do que arrecada, premissa que, segundo ela, deve estar refletida no Orçamento do próximo ano.
“Temos um compromisso com o país, conforme determinado pelo presidente e pela equipa económica, de não gastar mais do que ganhamos”, disse Tebet em entrevista ao programa “Bom dia, ministro”, do CanalGov.
Os comentários do ministro não pareceram aliviar os investidores.
“Foi um bom sinal em termos de discursos, mas o mercado está um pouco cético se isso vai realmente ser colocado em prática”, disse Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
“Isto (os discursos de Tebet) deverão aliviar alguma da pressão, mas não é algo que estamos a ver agora”, acrescentou.
No cenário externo, os mercados analisaram a decisão do Banco Central Europeu sobre taxas de juros e dados sobre benefícios de desemprego nos Estados Unidos.
A autoridade monetária da zona euro decidiu manter a sua taxa de depósito inalterada em 3,75%, tal como esperado pelos analistas, após um corte de 25 pontos base na reunião anterior, que deu início a um tão esperado ciclo de flexibilização monetária.
Os responsáveis do BCE também reiteram o seu compromisso de fazer regressar a inflação da zona euro ao seu objectivo de 2%, afirmando que as taxas de juro permanecerão suficientemente restritivas enquanto for necessário. Eles não sinalizaram como deveriam agir nas próximas reuniões.
Os investidores também estavam a digerir novos dados sobre subsídios de desemprego nos EUA, que foram superiores ao esperado, reforçando o argumento de que o mercado de trabalho está a atravessar um processo de moderação.
O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 20 mil em relação à semana anterior, para 243 mil, acima dos 230 mil esperados por especialistas consultados pela Reuters.
Os dados, somados aos números mais benignos da inflação no segundo semestre, devem reforçar as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro.
As operadoras estão precificando um corte inicial em setembro, com possibilidade de dois cortes adicionais até o final do ano. Quanto mais o banco central dos EUA corta as taxas de juro, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos do Tesouro caem.
Apesar dos números, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – subiu 0,22%, para 103,900.
banco pan empréstimo
emprestimo online simular
empréstimo 40 mil
tabela de empréstimos
emprestimo para servidor publico municipal
emprestimo fgts banco pan
qual o melhor banco para liberar emprestimo
antecipar renovação claro