Em maio, a indústria química brasileira atingiu o nível de utilização da capacidade instalada de 58%, o menor número da série histórica iniciada em 1990 e calculada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Dados do Relatório de Acompanhamento Situacional (RAC) da entidade mostram que o resultado do mês ficou sete pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior (65%) e quatro pontos abaixo do abril (62%).
A diretora de economia e estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, disse que o baixo nível de utilização da capacidade instalada reflete a realização de paradas para manutenção nas fábricas do país.
Ela acrescenta, no entanto, que algumas empresas estão considerando a hibernação das unidades, decorrente do baixo nível de eficiência operacional aliado ao aumento dos custos de produção e ao aumento do nível de intensidade de emissões de CO2, que ocorre quando as unidades precisam operar com produção reduzida. .
“Neste nível de atuação não há atrativos para manter a produção atual ou atrair novos investimentos para o setor”, afirmou o diretor.
A produção de produtos químicos para uso industrial caiu 7,77% em maio frente ao mês imediatamente anterior. As vendas internas, por sua vez, caíram 0,76% no mesmo intervalo de comparação e o consumo aparente nacional (CAN) – medido pelas importações menos exportações – caiu 3,5%.
A Abiquim refere ainda que o nível de penetração das importações monitorizadas pelo relatório de acompanhamento económico foi de 48% em maio, número que tem vindo a aumentar ano a ano ao longo da série histórica. Em 1990, a entidade menciona que o indicador era de 7%.
A balança comercial de produtos químicos registrou déficit de US$ 44,21 bilhões nos últimos 12 meses até maio, número inverso da balança comercial brasileira, que registrou superávit de US$ 100,2 bilhões. Para Fátima, há um grave processo de desindustrialização no país.
Para enfrentar o cenário de forte entrada de produtos químicos no país, a Abiquim protocolou em março pedidos de aumento da Tarifa Externa Comum (TEC), pedindo a inclusão de 65 produtos na Lista de Aumentos Transitórios.
Segundo a entidade, existe um nível predatório de entrada de produtos estrangeiros no país, o que levou o setor a defender a solução como alternativa emergencial e temporária até o desenvolvimento de caminhos estruturais necessários ao aumento da competitividade da indústria química.
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