O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou ligeiramente para baixo a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. O organismo multilateral acredita que o Brasil crescerá menos do que o inicialmente previsto pelos seus economistas em 2024 por causa da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
A expectativa é de alta de 2,1% em 2024, segundo a edição mais recente do Panorama Econômico Mundial, divulgada nesta terça-feira. Em abril, a perspectiva do FMI era de crescimento de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para 2025, porém, o cenário é otimista. O FMI estima que o Brasil crescerá mais do que o projetado anteriormente — com um aumento de 2,4% em vez de 2,1% —, refletindo a reconstrução das cidades do Rio Grande do Sul após as enchentes e outros fatores, como a aceleração da transição energética.
Taxas de juros mais altas por mais tempo
As projeções do FMI para o crescimento global permaneceram inalteradas em 3,2% para este ano e aumentaram de 3,2% para 3,3% em 2025.
O Fundo manteve a sua estimativa para a inflação global em 5,9% este ano, o que representa uma queda face aos 6,7% do ano passado. Apesar disso, o Fundo alertou para a possibilidade de os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, poderem necessitar de manter taxas de juro elevadas durante mais tempo do que o esperado, dada a escalada das tensões comerciais e o aumento da incerteza política.
A inflação dos serviços também provou ser um obstáculo para a Reserva Federal (Fed) iniciar o ciclo de redução das taxas de juro.
“A dinâmica da desinflação global está a abrandar, sinalizando obstáculos ao longo do caminho. A persistência de uma inflação acima da média nos preços dos serviços; o rápido crescimento salarial acima da inflação dos preços em alguns países, reflectindo em parte o resultado das negociações salariais; e o aumento da inflação sequencial em os Estados Unidos atrasaram a política de normalização (das taxas de juros)”, aponta o relatório.
Por conta disso, o FMI reduziu em 0,1 ponto percentual a projeção de crescimento da economia americana, com estimativa de 2,6% para 2024.
O documento também detalha o impacto desse cenário nos países emergentes e nas economias em desenvolvimento, que têm suas moedas significativamente desvalorizadas em relação ao dólar.
Devido aos riscos externos, os bancos centrais são mais cautelosos na redução das taxas de juro. No Brasil, por exemplo, o BC optou na última reunião por manter a taxa Selic em 10,5%.
“O arrefecimento gradual dos mercados de trabalho, juntamente com a queda dos preços da energia, deverá trazer a inflação global de volta à meta até 2025, mas a inflação deverá permanecer mais elevada e cair mais lentamente nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento do que nas economias avançadas”, estima o FMI. .
O relatório também confirma que os desafios fiscais precisam de ser abordados de forma mais direta, o que pode libertar recursos para a transição climática ou para a segurança energética nacional.
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