“Não serei interrompido.” Com essas palavras, que ficaram conhecidas no Brasil e no mundo, a vereadora Marielle Franco mostrou ao plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que não ficaria calada diante das constantes interrupções do discurso que proferia no dia 8 de março de 2018 , Dia Internacional da Mulher. Uma semana depois, em 14 de março, ela foi assassinada. O discurso de Marielle continua repercutindo e, mais uma vez, torna-se uma campanha de combate à violência política de gênero e racial.
A campanha Não Seremos Interrompidos foi relançada nesta segunda-feira (15) pelo Instituto Marielle Franco. Em ano de eleições municipais, o objetivo é incentivar os partidos políticos e a Justiça Eleitoral a implementar resoluções de combate à violência e promover o debate seguro para as mulheres pré-candidatas às eleições deste ano, especialmente as mulheres negras. As primeiras ações da campanha aconteceram em 2020 e, em 2021, o plataforma de iniciativa.
Apesar de serem maioria na sociedade brasileira, representando 28% da população nacional, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, com base nas eleições municipais de 2020, as mulheres negras são apenas 6,3% nas câmaras legislativas e 5% nas prefeituras.
“Ter mais mulheres, mais negros na política é fundamental porque isso diz respeito a quem somos como país”, afirma a diretora executiva do Instituto Marielle Franco, Lígia Batista.
“Ou seja, sem as nossas vozes nessas estruturas de poder, há, para nós, uma grande fissura na estrutura democrática brasileira, porque ela não é capaz de ouvir efetivamente as nossas vozes, garantindo espaço para que as nossas vozes sejam ouvidas” .
A presença das mulheres negras na política é garantida não só pelas candidaturas, mas também pela segurança tanto das candidatas quanto das eleitas e pelo respeito a cada uma delas. De acordo com campanhaapesar da aprovação, em 2021, da Lei da Violência Política, os partidos continuam a negligenciar a necessidade de criar políticas internas eficazes de proteção e segurança para mulheres negras candidatas e parlamentares.
Estas mulheres também nem sempre dispõem de canais de denúncia estatais para denunciar os seus episódios de violência política e obter protecção.
A lei aprovada em 2021 prevê, entre outras medidas, pena de um a quatro anos e multa para quem assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar candidatos eleitos ou mulheres, discriminando-os por serem mulheres ou pela sua raça ou etnia. A pena é aumentada se o crime for cometido contra mulheres grávidas, idosas ou deficientes.
A campanha pede que a sociedade brasileira esteja atenta aos dispositivos legais que garantem a participação e o direito à segurança das mulheres e principalmente das mulheres negras nestas eleições. “Em 2024 estamos colocando energia significativa nos partidos políticos para garantir a aplicação da lei sobre violência política e também de outras determinações, como o Tribunal Superior Eleitoral, a Procuradoria-Geral Eleitoral, no que diz respeito ao fortalecimento de negros e mulheres”, diz Batista.
A campanha está disponível em siteonde for possível assinar uma carta que será encaminhada pelo Instituto aos partidos políticos e ao Estado brasileiro para garantir a aplicação da Lei de Violência Política nas eleições municipais de 2024.
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