Joelson de Oliveira de Souza estava em estado grave e internado na Santa Casa de Campo Grande desde o acidente; A confirmação da morte veio pelas redes sociais da empresa Simasul
Joelson Oliveira de Souza, um dos funcionários atingidos na explosão ocorrida na siderúrgica Simasul, em Aquidauana, morreu em decorrência dos ferimentos causados pelo acidente. O trabalhador estava em estado grave há 25 dias e, logo após o ocorrido, foi internado na Santa Casa de Campo Grande.
A confirmação da morte de Joelson, 38 anos, veio pelas redes sociais do Simasul, onde informam o falecimento do funcionário e prestam solidariedade aos familiares e amigos do falecido. É importante lembrar que, após o acidente, a empresa afirmou que nenhuma das três vítimas corria risco de morte.
No boletim de ocorrência, foi relatado que 40% de seu corpo sofreu queimaduras, o que acabou evoluindo para “múltiplas complicações e disfunções orgânicas secundárias a infecções hospitalares sem resposta a todas as medidas tomadas”.
Nas redes sociais, amigos e colegas do funcionário prestaram homenagens e, alguns, ainda não acreditam no ocorrido. O velório de Joelson aconteceu na manhã deste sábado, às 7h30, em Anastácio. No entanto, ainda não há horário confirmado para o sepultamento.
O CASO
A explosão na Simasul, siderúrgica localizada em Aquidauana, ocorreu na noite do dia 18 de junho e deixou três funcionários feridos, sendo um deles, Joelson Oliveira de Souza, encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande, devido à gravidade do acidente. ferida.
Moradores de bairros próximos à siderúrgica – como Nova Aquidauana, Serraria, Chapecoense, Cidade Nova, Tico Lipu e Pinheiro – também relataram preocupação com o barulho, além de sentirem tremores nas janelas e portas de suas casas, deixando-os assustados pelo que aconteceu.
“Meu Deus, moro bem perto de lá, ontem me assustei com um barulho muito alto”, “aquele barulho foi muito forte” e “ontem houve um forte tremor nas paredes da casa” foram alguns dos relatos de moradores nas redes sociais do jornal Princesinha News, de Aquidauana.
HISTÓRIA RUIM
Instalada na cidade desde 2004, não é a primeira vez que moradores reclamam da siderúrgica. Há muitos anos reclamam do perigo que a empresa proporciona e da sujeira, consequência do serviço realizado no Simasul.
Há cinco anos, a empresa chegou a solicitar recuperação judicial devido ao elevado valor da dívida, em torno de R$ 7 milhões, alegando também o risco de comprometer 250 empregos, além de prejudicar o patrimônio empresarial.
Em julho de 2021, o empresário José Afonso Gonçalves, dono da Siderúrgica Simasul, foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão, além de multa de R$ 1,375 milhão, por manter 25 funcionários em trabalho análogo ao escravo.
Em novembro de 2022, ocorreu outra explosão, desta vez no duto aéreo e deixou quatro funcionários feridos. Na ocasião, todos foram levados ao Hospital Regional da cidade, atendidos e posteriormente liberados.
Além desses acontecimentos, os moradores reclamam constantemente da sujeira nos bairros vizinhos causada pela siderúrgica. A poeira preta entra nas casas próximas, impossibilitando deixar janelas e portas abertas.
“Essa Siderúrgica sempre dá origem a pepino”, “poluição por pó de carvão, rejeitos de minério com pó de ferro!!! Descaso e mais descaso do poder público com a população” e “essa coisa tem que ser fechada então! É nojento, é simplesmente sujo, põe em risco a saúde das pessoas” são algumas declarações vistas nas redes sociais, feitas pela população da Aquitânia.
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