Ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) negou que o órgão tenha espionado autoridades públicas e tentou favorecer o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e seu irmão, Jair Renan, durante sua gestão.
A manifestação do parlamentar é uma resposta ao relatório da Polícia Federal (PF) sobre a investigação da chamada Abin Paralela.
O conteúdo do documento foi divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Justiça determinou o fim do sigilo da investigação e autorizou a PF a executar novos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
Segundo a PF, funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) usaram uma ferramenta adquirida pela Abin – chamada Primeira Milha – para monitorar autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo, além de funcionários da Receita Federal e figuras públicas, como jornalistas.
Adquirida durante a gestão Ramagem (julho de 2019 a março de 2022), a ferramenta é capaz de monitorar dispositivos móveis “sem necessidade de interferência e/ou conhecimento das operadoras de telefonia e sem a necessária autorização judicial”.
Conclusões
Em texto que publicou hoje (12), por conta dele no
Ex-delegado federal, Ramagem integrou o quadro funcional da corporação de 2005 a 2019.
“Eles trazem uma lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. [ter sido] monitorado, mas na verdade não. Eles não estão na Primeira Milha ou em qualquer interceptação. Estão em conversas de Whatsapp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”, garante o deputado federal, na postagem em que garante que a compra e uso da ferramenta Primeira Milha atendeu aos requisitos legais.
“A aquisição foi regular, com parecer da AGU [Advocacia-Geral da União], e nossa gestão foi a única a realizar os controles necessários, demitindo servidores e encaminhando possíveis desvios à corregedoria. A PF quer, mas não tem como vincular o uso da ferramenta pela direção geral da Abin”, acrescentou Ramagem, destacando que “outras 30 instituições também adquiriram” o mesmo sistema de monitoramento.
Suspeitas
Ainda segundo o deputado, durante sua gestão também não houve interferência da estrutura da Abin em favor do senador Flávio Bolsonaro.
Investigadores da Polícia Federal sustentam que, quando diretor do órgão, Ramagem ordenou que funcionários do órgão monitorassem três auditores da Receita Federal que investigavam suspeitas de que Flávio Bolsonaro teria participado de fraude, se apropriando de parte dos salários de seus funcionários. conselheiros quando era deputado estadual.
“Não há interferência ou influência no processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda foi resolvida exclusivamente na Justiça”, acrescentou Ramagem, sugerindo que a ação desta quinta visa prejudicar sua pré-candidatura a prefeito do Rio de Janeiro.
“No Brasil, uma pré-campanha da nossa oposição nunca será fácil”, garantiu.
Ontem (11), também nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que a publicação do relatório da investigação foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem a prefeito do Rio de Janeiro.
“Simplesmente não havia relação entre mim e a Abin. Minha defesa atacou questões processuais, portanto, de nada adianta que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, tem apenas o objetivo de prejudicar a candidatura de Ramagem a a prefeitura do Rio de Janeiro”, afirmou o senador.
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