Após a aprovação do regulamento da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddaddisse que o projeto de renegociação da dívida estadual, introduzido no início da semana às Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, precisa passar por ajusteS.
Essa é uma das prioridades do governo federal para as próximas semanas.
O ministro comentou que acertou com Pacheco a discussão do texto, que deverá impactar primária e imediatamente nas contas do governo federal e, consequentemente, na trajetória da dívida pública.
A proposta, se aprovada, permitiria aos estados reduzir os juros pagos ao Tesouro Nacional, dependendo do volume de bens repassados à União a serem deduzidos do valor total da dívida.
Além disso, o texto prevê a possibilidade de reversão dos juros economizados em investimentos nos próprios estados. Via de regra, os juros cobrados serão de IPCA + 4%, podendo atingir apenas IPCA.
— Acho que 4% de juros reais, em cima do IPCA, é realmente insustentável, porque a receita não cresce 4% ao ano — disse Haddad nesta sexta-feira, em evento organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) — Entendo o apelo dos governadores, mas não se pode cobrir a cabeça e descobrir os pés. É preciso fazer um jogo que acomode as contas estaduais, sem prejudicar as contas nacionais. No meu entendimento, o projeto apresentado precisa passar por uma revisão.
Haddad lembrou que, em março de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou a compensação de ICMS para estados e municípios, estipulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em R$ 27 bilhões.
A medida resultou de um acordo entre o Supremo Tribunal Federal, a União e os estados, como forma de compensar as perdas de arrecadação decorrentes da redução dos impostos sobre combustíveis no governo de Jair Bolsonaro.
— Lembremos que em março do ano passado acertamos pagar R$ 27 bilhões aos governadores pela inadimplência do governo anterior, durante o ICMS da gasolina. Eles (o governo Bolsonaro) baixaram artificialmente a inflação em 2022, baixando o preço da gasolina com dinheiro dos estados.
Entenda a proposta em discussão no Senado
Desde 2023, os estados buscam melhores condições de pagamento.
A regra geral hoje prevê correção da dívida pelo IPCA + 4% ou Taxa Selic, o que for menor.
A proposta de Pacheco permite que estados entreguem ativos à União, como empresas estatais, em troca de redução de juros.
Também poderão ser entregues créditos judiciais ainda a receber e dívidas de contribuintes inscritos em dívida ativa, além de participações em empresas.
O texto de Pacheco mantém a taxa de juros real de 4%, mas prevê quatro descontos que podem reduzir toda a taxa de juros:
Um ponto percentual se o Estado entregar activos equivalentes a 10% a 20% do seu stock de dívida;
Um ponto percentual se entregar um ativo superior a 20% do valor da dívida;
Um ponto percentual se você destinar o dinheiro para investimentos
Um ponto percentual se o dinheiro for destinado a um fundo a ser criado e disponibilizado a todos os estados.
Na prática, se todos os requisitos forem atendidos, o estado deixa de pagar os juros reais da dívida e passa a cobrir apenas o IPCA.
Os Estados devem alocar investimentos principalmente para a educação profissional.
Se o estado provar que já cumpre a percentagem mínima legal de educação profissional, poderá gastar o dinheiro em infra-estruturas, prevenção de catástrofes e segurança pública.
O dinheiro não pode ser usado para financiamento, ou seja, pagamento de salários.
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