Israel exige manter o controle sobre uma área da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, que suas tropas apreenderam em maio para evitar o “contrabando de armas” pelo Hamas, como parte de um acordo de trégua, declarou nesta quinta-feira (11) o Primeiro-Ministro. Ministro Benjamim Netanyahu.
“Não permitiremos o contrabando de armas do Egito para o Hamas, principalmente através do controlo de Israel sobre o corredor de Filadélfia e o posto fronteiriço de Rafah”, disse Netanyahu, explicando que esta exigência faz parte das quatro condições impostas por Israel para alcançar um acordo de cessar-fogo. com o movimento islâmico palestino.
O primeiro-ministro não especificou se a medida seria permanente ou apenas parte das negociações para um cessar-fogo com o Hamas, que exige a retirada do Exército israelita daquela zona para implementar a trégua.
O corredor de Filadélfia é uma faixa de 14 quilómetros ao longo da fronteira Gaza-Egito. Israel demarcou esta faixa de cerca de 100 metros de largura durante a segunda ocupação de Gaza, até que as suas tropas se retiraram do território palestiniano em 2005.
A passagem de Rafah é o único acesso à Faixa de Gaza que não faz fronteira com Israel e está fechada desde que as tropas israelitas lançaram uma grande ofensiva terrestre no início de Maio.
Num breve discurso televisionado, Netanyahu reiterou as outras condições de Israel nas negociações indiretas com o Hamas, mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos.
Netanyahu disse que os negociadores israelenses, liderados pelo chefe de inteligência do Mossad, David Barnea, foram ao Catar para defender o que ele chamou de quatro “princípios estritos” que se concentram em permitir que Israel continue lutando até atingir seu objetivo. objectivo de destruir o Hamas e resgatar os reféns.
O primeiro-ministro afirmou que o acordo “deveria autorizar Israel a retomar os combates (em caso de cessar-fogo) até que os objetivos da guerra sejam alcançados”.
“Israel não autorizará o regresso de terroristas armados ou de armas ao norte da Faixa de Gaza”, disse Netanyahu, sugerindo que na primeira fase do plano em discussão “seja libertado um número máximo de reféns”.
O conflito eclodiu em 7 de outubro, quando milicianos islâmicos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército Israelita estima que 116 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 42 que se acredita estarem mortas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que matou 38.345 pessoas, também a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestiniano, que é governado pelo Hamas desde 2007.
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