Aposentados, pensionistas e demais pessoas que recebem benefício de longo prazo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) precisam realizar anualmente a chamada “prova de vida”. Como o nome sugere, é uma forma de confirmar que o beneficiário ainda está vivo.
Segundo o advogado especialista do INSS, André Beschizza, a prova de vida “é essencial para garantir que os benefícios do INSS continuem sendo pagos corretamente, além de ser necessária para evitar fraudes e garantir que quem tem direito receba efetivamente o benefício”.
O Brasil tem uma população estimada em pouco mais de 214 milhões de habitantes. De acordo com o Boletim Estatístico da Previdência Social, divulgado pelo próprio Ministério da Previdência Social, somente em fevereiro de 2024 foram concedidos 520,3 mil benefícios, no valor total de R$ 928,7 milhões.
Em relação ao mês anterior, o número de benefícios concedidos aumentou 2,09% e o valor dos benefícios concedidos aumentou 2,42%
Diante desse cenário, Beschizza ressalta que “é fundamental que todos os beneficiários fiquem atentos e façam prova de vida todos os anos para não correr o risco de ter o benefício suspenso”.
Como testar sua vida
Durante anos, a principal forma de fazer prova de vida era o beneficiário comparecer a uma agência bancária para confirmar seus dados, apresentar documentos ou realizar biometria. A evolução tecnológica, porém, tornou esse processo mais fácil e rápido.
“Desde 2024, com as novas opções digitais, o processo ficou ainda mais fácil e seguro”, enfatiza o advogado.
Agora, todo o processo está digitalizado, o que elimina a necessidade de deslocamentos. Além disso, o órgão federal investe em segurança digital para garantir o sigilo e a segurança das informações dos beneficiários.
Assim, no prazo de até 10 meses após o aniversário do beneficiário, o INSS cruza uma série de dados e informações para verificar automaticamente se o beneficiário ainda está vivo. Entre os diversos dados que o instituto utiliza para realizar esta certificação estão:
- Utilização de biometria em bancos, agências do INSS e similares;
- Cadastro ou inscrições em órgãos de trânsito ou de segurança pública;
- Emissão ou renovação de documentos como CNH, RG e outros;
- Participação em eleições;
- Registro de vacinação;
- Serviços em sistemas públicos de saúde e outros.
Ou seja, de forma simplificada, ao utilizar serviços públicos ou mesmo ao sacar dinheiro do banco por biometria – geralmente digital –, o INSS pode rastrear essas informações e utilizá-las como meio de confirmar se o beneficiário está vivo.
Como saber se o teste de vida foi realizado
Caso o beneficiário tenha alguma dúvida sobre a confirmação da sua prova de vida, é bastante simples acompanhar o processo. Uma das opções é ligar para o número 135 e perguntar sobre a regularidade do cadastro.
Também é possível saber sobre a prova de vida diretamente no smartphone por meio do aplicativo Meu INSS – disponível para sistemas Android e iOS. Esses dois canais de atendimento permitem ao beneficiário acompanhar a situação da sua prova de vida e, assim, garantir a continuidade do pagamento do seu benefício.
Regularização simplificada
Nos casos em que o INSS não consegue fornecer prova de vida de forma automática, o próprio órgão federal envia notificação ao beneficiário informando que é necessário confirmar sua existência.
Nesse caso, o instituto dá o prazo de 60 dias para que a pessoa pratique alguma das ações listadas acima, que o INSS utiliza como comprovante, para que sua experiência seja comprovada. O beneficiário também pode comparecer pessoalmente a uma agência do INSS.
Caso o benefício seja bloqueado por falta de comprovante de vida, o usuário tem 30 dias para se dirigir a uma agência bancária ou utilizar a biometria de um caixa eletrônico para desbloquear o pagamento.
E, novamente, é possível ir pessoalmente a uma agência do INSS para regularizar a situação. Caso nenhuma das duas ações seja realizada no prazo estipulado, o benefício fica suspenso e poderá ser cancelado definitivamente.
Por isso, é importante estar sempre atento às comunicações enviadas pelo INSS e manter seus dados cadastrais atualizados.
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