Medicamento para sepse faz mulher perder pernas e braços

Sherri Moody, uma ex-professora do ensino médio no Texas, teve seus braços e pernas amputados depois que uma pneumonia grave que não foi tratada adequadamente evoluiu para choque séptico, com medicamentos necrosando seus membros. Ela pensou que fosse uma gripe.

O médico Christian Morato explicou o caso e explicou a relação entre a infecção e o tratamento que levou à amputação de partes dos braços e das pernas.

Os sintomas de pneumonia começaram durante uma viagem escolar

Sherri Moody, 51, durante uma viagem escolar em abril de 2023, começou a sentir sintomas de uma gripe forte, mas acabou ignorando os sintomas, fazendo com que o quadro piorasse rapidamente.

Ela foi ao hospital com febre alta e dificuldades respiratórias. Lá, ela foi diagnosticada com pneumonia dupla causada pela bactéria Streptococcus, também responsável pela faringite estreptocócica.

Pulmão ficou em estado grave após pneumonia não tratada – Foto: Reprodução/ND

“Sherri Moody contraiu pneumonia, que não foi tratada adequadamente a tempo. Isso resultou em uma resposta inflamatória extremamente intensa em seu organismo”, explicou Moratto.

A infecção evoluiu para choque séptico, uma resposta inflamatória extrema que resulta numa queda perigosa da pressão arterial, impedindo a circulação sanguínea adequada nos órgãos.

Medicação para sepse ou membros necróticos

Moratto explicou que o choque séptico requer tratamento com medicamentos potentes que aumentam a pressão arterial, mas podem prejudicar a circulação nas extremidades.

No caso de Sherri, a combinação de uma intensa resposta inflamatória e o uso dessas drogas causou necrose em seus braços e pernas, tornando necessária a amputação para salvar sua vida.

Sherri teve braços e pernas amputados – Foto: Reprodução/ND

O especialista enfatizou a difícil decisão enfrentada pelos médicos no caso, pois sempre há risco no uso de medicamentos potentes. Eles sabiam que um membro poderia ser amputado, só não imaginavam que seriam braços e pernas.

“É uma escolha dolorosa, mas entre salvar a vida do paciente e correr o risco de perder membros, o médico sempre preferirá salvar a vida”, afirma Moratto.

Sherri está indo bem atualmente

Sherri, que entrou em coma durante o tratamento, sobreviveu e foi submetida a amputações em junho de 2023. Agora, ela e o marido David, que deixou o emprego para cuidar dela em tempo integral, estão se adaptando às novas realidades de suas vidas.

“Eu escolho ser feliz. Não é que eu não tenha momentos de tristeza, mas não os deixo durar muito”, disse Sherri ao Today.com.

Confira o vídeo com a explicação completa: